Hoje quente, amanhã pior: São Paulo pode bater recorde de calor no ano

São Paulo deve registrar temperaturas de até 36°C nesta semana, devido à chegada de uma onda de calor extremo, a sétima do ano, que se espalha por diversas regiões do Brasil, causando queimadas e prejudicando a qualidade do ar. Se bater tal marca, será o recorde de temperatura máxima em 2024.

O que aconteceu

São Paulo deve registrar calor extremo nos próximos dias, com a chegada da sétima onda de calor extremo do ano. A capital paulista enfrenta uma massa de ar seco, bloqueando frentes frias e elevando as temperaturas, com a previsão de pico de 36°C na quinta-feira, segundo a Climatempo.

O recorde de 2024 na cidade de São Paulo é de 16 de março, quando a temperatura chegou a 34,7°C. Os dados são do Inmet que registrou recorde também na série histórica para o mês de março. Em 8 de setembro, a capital chegou perto: 34,5ºC.

Veja a previsão até o fim de semana para São Paulo:

  • Quarta (25): 18 a 35ºC, sem chuva
  • Quinta (26): 20 a 36ºC, sem chuva
  • Sexta (27): 16 a 29ºC, com nebulosidade, mas sem chuva
  • Sábado (28): 14 a 20ºC, nublado
  • Domingo (29): 14 a 26ºC.

A umidade do ar em São Paulo está em níveis alarmantes. Com índices entre 20% e 12%, a baixa umidade não só prejudica a qualidade do ar, mas também aumenta os focos de incêndio. O interior paulista é uma das áreas mais afetadas.

No interior paulista, as máximas podem chegar a 42°C. Regiões como Presidente Prudente e Rio Preto verão temperaturas extremas, com baixos níveis de umidade.

Litoral paulista com temperaturas mais amenas. Enquanto o interior e a capital enfrentam o calor, a Baixada Santista e o litoral norte terão temperaturas mais moderadas, com máximas de até 32°C devido à maior nebulosidade, informa a Climatempo.

A chegada de uma frente fria no fim da semana trará leve alívio. Embora uma frente fria deva alcançar São Paulo na sexta-feira, trazendo chuvas e ventos, as temperaturas continuarão elevadas, acima dos 30°C.

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Onda de calor no Brasil

O calor extremo se espalha por outras regiões do Brasil. O Centro-Oeste e o Sudeste enfrentam calor extremo. Em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, as temperaturas podem superar 40°C, com o calor persistindo até o final da semana, segundo a Climatempo.

A formação dessa sétima onda de calor está associada a um bloqueio atmosférico. Este fenômeno impede a passagem de frentes frias e intensifica a atuação de uma massa de ar quente e seco, que se mantém sobre o Brasil central. Além disso, a presença do fenômeno climático El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico, contribui para essa elevação nas temperaturas, favorecendo o aumento da radiação solar na região.

A fumaça de queimadas agrava a situação em várias regiões. A MetSul Meteorologia alerta que correntes de jato estão transportando a fumaça de queimadas da Amazônia e de países vizinhos para o Sul, deteriorando a qualidade do ar no Rio Grande do Sul e outras áreas.

Temporais no Sul do Brasil

Enquanto o Brasil enfrenta o calor, o Rio Grande do Sul sofre com chuvas intensas. As regiões Sul e Oeste do estado estão sendo castigadas por temporais, granizo e ventos fortes, segundo a MetSul. A corrente de jato que transporta o ar quente também contribui para a formação dessas tempestades.

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Chuvas fortes continuam a atingir o Rio Grande do Sul nos próximos dias. A previsão é de que as condições climáticas no estado permaneçam instáveis, com riscos de enchentes e alagamentos em várias áreas.

A instabilidade mais forte deve ocorrer até quinta-feira (26), com volumes que podem atingir de 100 mm a 400 mm em algumas áreas. Este episódio será o maior desde as enchentes de abril e maio, mas os acumulados não deverão ser tão severos quanto os observados naquele período, segundo a MetSul.

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