Apoio de Lula, Bolsonaro e outros 'caciques' atrapalharia candidatos
Um eventual apoio de líderes políticos como do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a candidatos que disputam a Prefeitura de São Paulo atrapalharia o desempenho na corrida eleitoral, segundo a pesquisa Ibope divulgada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo.
O levantamento aponta que 47% dos eleitores dizem que o apoio de Bolsonaro a um dos candidatos diminuiria sua vontade de votar nessa pessoa. Desse total, 41% afirmam que a vontade reduziria muito, e 6% que reduziria pouco.
Entre os que rejeitariam dar o voto a um aliado de Lula, o percentual é de 40%. Por outro lado, 32% dos entrevistados se declaram muito ou pouco inclinados a votar em um candidato a prefeito apoiado pelo petista.
A influência negativa também acontece com líderes do PSDB, de acordo com a pesquisa. O levantamento mostra que 16% dizem estar muito ou pouco inclinados a votar em um candidato impulsionado pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Já a influência negativa do apoio do governador faz com que 48% dos eleitores digam que a vontade de votar em alguém apoiado por ele diminuiria muito ou pouco.
A taxa de eleitores que rejeitariam o apoio do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) a um candidato é de 45%, enquanto 15% dizem que a vontade de votar em um nome impulsionado por ele aumentaria muito ou pouco.
Esta é a primeira pesquisa realizada desde a confirmação dos candidatos à corrida pela Prefeitura da capital paulista. Celso Russomanno (Republicanos) aparece com 24% das intenções de voto. O prefeito Bruno Covas (PSDB) aparece com 18%.
Em seguida, aparecem Guilherme Boulos (PSOL), 8% das intenções e Márcio França (PSB), com 6%.
A pesquisa foi contratada pela Associação Comercial de São Paulo e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o nº SP-04089/2020. Foram entrevistadas 1.001 pessoas entre os dias 14 e 20 de setembro. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. O nível de confiança estimado é de 95%.
Pouco interesse
De acordo com O Estado de S. Paulo, a pesquisa indica ainda certo desinteresse na eleição, que foi adiada de outubro para novembro por conta da pandemia do coronavírus.
Em pesquisa espontânea, quando o entrevistado revela a escolha antes mesmo de receber um disco de papel com o nome dos candidatos, 56% dos eleitores se declaram indecisos. Já 22% afirmam que votarão nulo ou em branco.
O número é maior que o de 2016, quando os indecisos correspondiam a 45% dos entrevistados.
Já na pesquisa estimulada, quando o eleitor recebe a lista de candidatos, os indecisos ficaram em 10%, o dobro do visto em 2016.
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