Crivella ataca Globo na CNN e Monalisa repreende: 'Não é bem-vindo'

Em entrevista à CNN Brasil, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), atacou a Rede Globo e os institutos de pesquisa, e acabou repreendido pela âncora Monalisa Perrone, que conduzia o programa. Sem provas, Crivella afirmou que as pesquisas eleitorais são manipuladas.

Questionado sobre um levantamento do Ibope que apontou má avaliação do carioca sobre a rede municipal de saúde, Crivella afirmou que as pesquisas do instituto eram "movidas por paixões". Também disse que as pesquisas eleitorais do Ibope tiveram "100% de erro" em relação ao seu desempenho.

As constantes menções ofensivas à emissora fizeram com que a jornalista repreendesse Crivella após a pergunta sobre saúde pública.

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"Candidato, para reiterar, esse é um momento propositivo, né? Então qualquer tipo de ataque a qualquer pessoa ou instituição não é bem-vindo, para pontuar. De fato, o momento e o espaço são importantes para que as pessoas escutem as suas propostas", afirmou Monalisa.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa da TV Globo sobre os ataques de Crivella, mas a emissora ainda não se manifestou.

Sem apresentar qualquer evidência, Crivella afirmou que a pesquisa não ouviu os usuários da rede pública de saúde, mas sim pessoas que se informavam sobre isso pela TV.

"Essas pesquisas não são feitas com pessoas que usaram hospital, são feitas com as pessoas que assistem a Globolixo. Globolixo não é um termo que criei, é um termo consagrado pelo povo do Rio de Janeiro. Eles vão para porta do hospital e pegam uma exceção para tentar fazer de regra a fim de trazer o governo para uma situação de refém", argumentou Crivella.

"Façam pesquisa com quem usou o hospital, não com quem é manipulado pela Globolixo, essa Globolixo fala mal, as pessoas não conhecem e se sentem no dever cívico de reclamar da saúde porque é uma coisa patriótica, porque amanhã podemos precisar."

O prefeito também afirmou que as pesquisas do Ibope teriam errado em 100% seu desempenho no primeiro turno. No entanto, as pesquisas do instituto mostraram um crescimento de Crivella na reta final da campanha.

No último levantamento do primeiro turno, divulgado em 14 de novembro, véspera da eleição, o Ibope Crivella com 18% dos votos válidos —oscilando de 15% a 21%, de acordo com a margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. Nas urnas, Crivella obteve 21,9% dos votos.