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Escola de ética do PSDB e do Covas é a do Aécio, do Alckmin, diz Boulos

O candidato do PSOL a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos, participa de agenda de campanha em Heliópolis, na zona sul - Reprodução/Facebook/guilhermeboulos
O candidato do PSOL a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos, participa de agenda de campanha em Heliópolis, na zona sul Imagem: Reprodução/Facebook/guilhermeboulos

Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

21/11/2020 18h38

As agendas do candidato do PSOL a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos, foram concentradas pela periferia neste sábado (21). E são nas áreas mais distantes do centro que a campanha tende a se concentrar, já que as intenções de voto nas regiões periféricas estão migrando neste segundo turno mais para seu adversário, Bruno Covas (PSDB), que disputa a reeleição.

E, na disputa pelo eleitorado da periferia, Boulos tem apostado em críticas às gestões do PSDB não só na prefeitura da capital, mas também no governo do estado, comandado pelos tucanos desde 1995.

"A experiência do PSDB em 30 anos em São Paulo é roubar dinheiro do Rodoanel, roubar dinheiro do metrô. Até dinheiro da merenda das crianças eles fizeram máfia. Esse tipo de experiência a gente quer longe da gente", disse Boulos.

"Qual é a escola de experiência e de ética de cada um? A minha escola de experiência e de ética é Luiza Erundina [candidata a vice em sua chapa]. A escola de ética do Bruno, do PSDB me parece que é Aécio Neves, é [Geraldo] Alckmin. Aí cada um faça sua comparação." Os políticos do PSDB citados por Boulos são alvo de investigações da PF (Polícia Federal).

Discursos para a periferia

Em suas críticas à gestão de Covas nos discursos para a periferia, Boulos cita, por exemplo, mudanças no Bilhete Único e problemas envolvendo o Leve Leite. "A gente vai governar para todo mundo, mas com prioridade para o povo", disse Boulos no último ato do dia, em Paraisópolis, na zona sul. "Eles só sabem falar em privatização. Essa turma é tarada por privatização."

Nos pronunciamentos, o candidato do PSOL faz promessas que vão do transporte gratuito para desempregados a programas de moradia na cidade. Falas semelhantes foram feitas mais cedo, em agenda em Heliópolis, onde também fez caminhadas —o que, mais uma vez, gerou aglomerações apesar de especialistas em saúde defenderem o distanciamento social na pandemia.

Boulos têm corrido contra o tempo para mudar o cenário apontado pelas pesquisas. Se a eleição fosse hoje, Datafolha e Ibope apontam que Covas seria reeleito. O segundo turno acontece em 29 de novembro, daqui a pouco mais de uma semana.

"Vai ser de virada. Vai ser aos 48 do segundo tempo. Vai ser com gosto, com sofrimento. Vai ser com emoção. Mas nós vamos ganhar essa prefeitura e devolvê-la para o povo no dia 29", disse Boulos.