Indícios de irregularidades nas eleições de 2020 passam de R$ 588 milhões
A Justiça Eleitoral encontrou R$ 588 milhões em indícios irregularidades nas prestações de contas dos candidatos nas eleições municipais de 2020, no levantamento de ontem (23). Houve um aumento de R$ 528 milhões em relação ao balanço de 16 de outubro, onde foram registrados R$ 60 milhões irregulares.
No primeiro lugar do ranking estão os casos de fornecedores de campanha que são beneficiários do Bolsa Família e do auxílio emergencial. Os números foram de 1.289 para 31.725, com os valores indo de R$ 940.121,29 para mais de R$ 386 milhões.
Em segundo lugar, são os provedores com empresas recém-criadas onde o quadro de sociedade é composto por pessoas com filiação partidária. Os valores foram de R$ 3,3 milhões da última rodada para R$ 68,7 milhões em gastos das campanhas com essas empresas.
O número de doadores cadastrados em programas sociais do governo subiu de de 1.337 para 65.303. As doações nesses casos foram superiores a R$ 54 milhões, ficando na terceira colocação da lista. Ainda foram encontrados R$ 44 milhões ofertados de pessoas sem emprego formal, envolvendo 12.437 doadores.
Outros 2.751 contribuintes, que entraram com R$ 23 milhões não tinham renda compatível com o valor oferecido. E 24 doações vieram de pessoas que já morreram, somando R$ 36.194,50.
São ainda 1.949 fornecedores em registro ativo na Junta Comercial ou na Receita Federal, que receberam R$ 3,3 milhões por serviços prestados.
Uma das justificativas para o aumento abrupto está no crescimento do uso da base de dados do governo federal. As informações foram apuradas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e outros seis órgãos: RFB (Receita Federal do Brasil), Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), MPE (Ministério Público Eleitoral), PF (Polícia Federal), TCU (Tribunal de Contas da União) e Ministério da Cidadania.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.