Lula confirma ida à posse de Moraes no TSE e deve encontrar Bolsonaro
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou hoje a ida à posse do ministro Alexandre Moraes como presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) amanhã (16), em Brasília. Ele deve encontrar o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário nas eleições de outubro.
De acordo com a assessoria do petista, ele foi convidado por Moraes por ser ex-presidente e ele decidiu ir na manhã desta segunda (15). Já Bolsonaro confirmou a ida a Moraes. Os ex-presidentes Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) também foram convidados.
Eleito em cargo em junho, Moraes assume amanhã no lugar do ministro Edson Fachin, também do STF (Supremo Tribunal Federal). Atual vice da Corte Eleitoral, o magistrado ficará responsável por liderar o tribunal em meio às eleições. Ricardo Lewandowski será vice-presidente.
Encontro entre adversários: Caso Bolsonaro realmente vá ao evento, realizado durante a noite, este será o primeiro encontro entre o presidente e Lula, os dois melhores colocados nas pesquisas eleitorais, desde o início da pré-campanha. Eles já estiveram na mesma cidade para eventos separados, mas não se encontraram fisicamente.
Amanhã marca, também, o início oficial da campanha eleitoral, a 45 dias do primeiro turno. Durante a manhã, Bolsonaro irá a Juiz de Fora (MG), local onde levou a facada durante as eleições de 2018, para o pontapé inicial.
Já Lula começará com um evento em porta de uma fábrica na Região Metropolitana de São Paulo durante a tarde.
Na mira do presidente: Relator de inquéritos que miram o Planalto e aliados do governo no Supremo, Moraes se tornou alvo constante dos ataques de Bolsonaro, que criticou abertamente o ministro pela investigação sobre fake news contra o Supremo.
"Alexandre de Moraes faz um inquérito onde não tem a participação do Ministério Público e me investiga. Me investiga por fake news", disse Bolsonaro. "O que esse cara tem na cabeça? O que que ele está ganhando com isso? Quais são os seus interesses? Ele tá ligado a quem? Ou é um psicopata?".
No mês passado, Bolsonaro apresentou uma notícia-crime contra o ministro, acusando Moraes de abuso de autoridade na condução do inquérito. O caso foi arquivado por Dias Toffoli, no STF.
Em 2021, o presidente também protocolou no Senado um pedido de impeachment contra o magistrado, que foi rejeitado pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Ao anunciar o resultado, o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, afirmou que Moraes tem uma vida pública e um domínio do direito pátrio, "especialmente o direito constitucional", o qualificam para conduzir o tribunal em meio às eleições.
"A sucessão democrática no exercício dos cargos mais elevados da República sem percalço e com obediência às regras já conhecidas de todo e qualquer certame, seja no âmbito interno da Justiça Eleitoral, seja nas eleições gerais, é um sinal indelével, inapagável da atuação serena, firme e constante da Justiça Eleitoral no âmbito da República brasileira", disse Fachin.
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