Com Michelle, sem Janja: como foi o 1º dia de campanha de Bolsonaro e Lula
A campanha eleitoral começou oficialmente hoje e a agenda dos presidenciáveis foi agitada, e marcada por um olhar pela presença (ou ausência) das esposas dos líderes das pesquisas.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a Juiz de Fora (MG), cidade onde foi atacado com uma facada em 2018. Mas o destaque ficou com o protagonismo da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que foi festejada com gritos dos apoiadores. Já o ex-presidente Lula decidiu usar uma estratégia diferente do rival e estava sem a atual esposa, Janja da Silva, em visita a uma fábrica em São Bernardo do Campo (SP).
A partir de hoje, os políticos podem pedir votos, realizar comícios, caminhadas, distribuir material gráfico e veicular propaganda em mídia impressa e internet.
Entre os outros presidenciáveis, Ciro Gomes (PDT) fez uma caminhada por Guaianases, leste da cidade de São Paulo, e Simone Tebet (MDB) reuniu-se com representantes do setor da Cultura em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista.
Michelle roubou a cena de Bolsonaro
Não foi Bolsonaro que fez sucesso em Juiz de Fora. A dona do evento foi sua esposa, Michelle. Ao iniciar o discurso, Bolsonaro chegou a ser interrompido devido ao volume dos gritos em celebração à presença da primeira-dama, que respondeu à saudação do público com um beijo no presidente. "A pessoa mais importante neste momento não é o presidente ou o candidato. É a senhora Michelle Bolsonaro", reconheceu o chefe do Executivo federal.
Ele falou antes de Michelle e lembrou do atentado sofrido em 2018, agradecendo à equipe médica que o atendeu na Santa Casa de Misericórdia da cidade.
Durante o discurso, mesmo sem lembrar a data correta, Michelle chamou de milagre o fato de o marido ter sobrevivido à facada. A primeira-dama disse aos apoiadores do marido que o ataque foi em 2019, mas na realidade foi em setembro de 2018.
Além de atacar à esquerda, Bolsonaro voltou a falar de um país sem corrupção e do combate à "ideologia de gênero". Antes do palanque, o candidato à reeleição encontrou com lideranças religiosas no aeroclube da cidade.
Sem Janja, Lula voltou as suas raízes
Já Lula escolheu a porta da fábrica da Volkswagen para marcar o início oficial da campanha à Presidência da República. Ele estava sem a esposa, mas acompanhado por Fernando Haddad, candidato petista ao governo de São Paulo.
Sobre um minitrio elétrico, ele falou aos trabalhadores e estudantes, que foram enchendo o pátio aos poucos, durante as trocas de turno —no início da tarde, o espaço estava vazio. No meio da fala do ex-presidente, uma pessoa não identificada jogou dois ovos no meio da multidão, que não atingiu ninguém.
A escolha do local faz parte de uma estratégia da campanha petista em falar diretamente com trabalhadores sobre questões cotidianas. A campanha chegou a anunciar um outro evento, nesta manhã, em uma fábrica da zona sul de São Paulo —mas ele foi cancelado por questões de segurança.
Durante a fala de Lula, alguém ao fundo jogou dois ovos no meio da multidão, mas ninguém foi atingido. Segundo testemunhas, os ovos caíram perto de alunos do Senai, que estudam na fábrica. Houve um pequeno burburinho, mas a pessoa que atirou os ovos não foi identificada até o fim do ato —que não chegou a ser interrompido.
Ciro caminha
Ciro Gomes inaugurou a campanha oficial caminhando com moradores e comerciantes de Guaianases por volta das 7h da manhã. Ele apresentou o plano do governo e disse que se for eleito vai instituir o programa Renda Mínima, que consiste no pagamento médio de R$ 1 mil para famílias brasileiras abaixo da linha da pobreza.
"Garantir o direito de comer do nosso povo é dever do Estado. O projeto de Renda Mínima para toda população na linha de pobreza, vai permitir isso", disse Ciro. A proposta de campanha do presidenciável cita também reforma tributária, para garantir recursos ao programa de renda mínima.
Simone e encontro fechado
Já Simone Tebet optou por começar sua corrida eleitoral em um encontro fechado com cerca de 40 representantes do setor da Cultura na residência do casal Teresa e Candido Bracher, ligados ao Banco Itaú, no bairro Alto de Pinheiros, na capital paulista. "Entrei nesta campanha porque não vou desistir do Brasil", disse Tebet.
Tebet afirmou que está confiante para as eleições. "Sei que temos condições de chegar ao segundo turno. A campanha começa hoje", disse. Ela destacou que, se eleita, irá retomar o Ministério da Cultura, extinto no governo Bolsonaro e transformado em secretaria. "É um setor que gera emprego e pode alavancar a economia do Brasil", completou.
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