Após empresários defenderem golpe, Ciro sugere boicote às empresas
O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) sugeriu um boicote a produtos e serviços de empresários que defenderam um golpe de Estado caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito no pleito de outubro de 2022. O político disse que a sociedade brasileira precisa usar o "poder de compra" contra eles, e pediu que as autoridades os identifiquem e punam.
Hoje, uma reportagem publicada pelo site Metrópoles divulgou mensagens compartilhadas por empresários bolsonaristas em um grupo de WhatsApp. De acordo com o colunista do site, Guilherme Amado, que publicou a notícia, as declarações foram escritas no grupo chamado Empresários & Política, criado em 2021.
Os empresários também atacam frequentemente as instituições brasileiras como o STF (Supremo Tribunal Federal), TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e os opositores da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Está na hora de boicotar os produtos e serviços de facínoras que querem o fim do nosso estado democrático de direito", escreveu Ciro no Twitter.
Entre os nomes do grupo estão Luciano Hang, dono da Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da administradora de shoppings Multiplan; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca Mormaii.
A reportagem mostrou que José Koury, dono do shopping Barra World, no Rio de Janeiro, declarou preferir uma "ruptura" do que o retorno de petistas ao Palácio do Planalto. Segundo o empresário, se o Brasil voltasse a ser governado por uma Ditadura Militar, o país seguiria recebendo investimentos externos.
Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo
José Koury, dono do shopping Barra World
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