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Datafolha: Bolsonaro cresce e diminui vantagem para Lula, que lidera

Lula e Bolsonaro, candidatos à Presidência da República - Ricardo Stuckert e REUTERS
Lula e Bolsonaro, candidatos à Presidência da República Imagem: Ricardo Stuckert e REUTERS

Do UOL, em São Paulo

18/08/2022 19h30Atualizada em 18/08/2022 20h49

Datafolha - Pesquisa muito confiável -  -

Pesquisa Datafolha realizada com entrevistas face a face, contratada pelo jornal Folha de S.Paulo e pela TV Globo, e divulgada hoje, aponta que ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue na liderança, mas reduziu a diferença para o presidente Jair Bolsonaro (PL). Em julho, a distância era de 18 pontos percentuais, e agora é de 15 pontos. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O petista tem 47% das intenções de voto, e o atual mandatário tem 32%. Na pesquisa anterior, Lula aparecia com 47% e Bolsonaro com 29%.

Por ter 47% das intenções de voto, e a soma dos outros candidatos ser 42%, Lula ainda pode ganhar no primeiro turno. Em terceiro lugar aparece Ciro Gomes (PDT), com 7%.

A margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Com isso, os demais candidatos empatam entre si. Simone Tebet (MDB) tem 2%, e Vera Lucia (PSTU), 1%, os outros concorrentes aparecem com 0% cada.

Esta é a primeira pesquisa Datafolha sem o nome de André Janones (Avante), que desistiu da disputa no dia 4 de agosto e passou a apoiar Lula. O General Santos Cruz (Podemos) também foi retirado da lista.

Este também foi o primeiro levantamento com o nome de Soraya Thronicke (União Brasil), no lugar de Luciano Bivar (União Brasil) que desistiu de concorrer à Presidência pelo partido. Nesta rodada também foi incluído o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), que cumpre prisão domiciliar e registrou sua candidatura junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no último dia 12 de agosto.

Segundo instituto, apesar da lista de candidatos ser diferente, é possível a comparação porque os nomes que saíram tinham entre 0% 1%, bem como os incluídos. Desta forma "não compromete a evolução dos resultados registrados desde maio deste ano", garante o Datafolha.

O Datafolha ouviu 5.744 pessoas pessoalmente, entre os dias 16 e 18 de agosto. O índice de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o protocolo BR-09404/2022 e teve custo de R$ 473.780,00.

Confira os cenários testados

Cenário 1 - Estimulada

  • Lula (PT): 47%
  • Jair Bolsonaro (PL): 32%
  • Ciro Gomes (PDT): 7%
  • Simone Tebet (MDB): 2%
  • Vera Lucia (PSTU): 1%
  • Pablo Marçal (Pros): 0%
  • Roberto Jefferson (PTB): 0%
  • Luiz Felipe D'Avila (Novo): 0%
  • Sofia Manzano (PCB): 0%
  • Leonardo Péricles (UP): 0%
  • Soraya Thronicke (União Brasil): 0%
  • José Maria Eymael (DC): 0%
  • Brancos/nulos/nenhum: 6%
  • Não sabem: 2%

Pesquisa espontânea

O Datafolha também testou um cenário espontâneo, ou seja, quando os eleitores podem apontar qualquer nome de sua preferência. Neste caso, Lula aparece com 40%, e Bolsonaro 28%, mantendo a diferença de 12 pontos percentuais, como na pesquisa anterior.

Em relação ao levantamento de julho, Lula oscilou na margem de erro de 38% para 40%, e Bolsonaro também, saindo de 26% para 28%.

  • Lula (PT): 40%
  • Jair Bolsonaro (PL): 28%
  • Ciro Gomes (PDT): 2%
  • Simone Tebet (MDB): 1%
  • Outros: 2%
  • Brancos/nulos/nenhum: 6%
  • Não sabem: 22%

Segundo turno

No cenário estimulado para um possível segundo turno entre Lula e Bolsonaro, a pesquisa aponta que o petista seria vencedor. O petista oscilou negativamente na margem de erro em um ponto, em relação à pesquisa de julho, passando de 55% para 54%. Já Bolsonaro oscilou positivamente, passando de 35% para 37%.

Cenário 1

  • Lula (PT): 54%
  • Jair Bolsonaro (PL): 37%
  • Nenhum/branco/nulo: 8%
  • Não sabe: 2%

    Sobre o instituto

    O Datafolha é um instituto de pesquisas ligado ao jornal Folha de S.Paulo. O instituto só realiza pesquisas eleitorais financiadas por grupos de comunicação. As pesquisas geralmente são feitas abordando entrevistados em pontos de grande fluxo de pessoas em áreas estabelecidas conforme distribuição do eleitorado brasileiro.