Topo

Jornal Nacional: em que temas Bolsonaro foi bem ou mal em menções nas redes

Do UOL, em São Paulo

23/08/2022 09h10

Análise da Quaest Consultoria sobre as reações, nas redes sociais, em relação à entrevista do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Jornal Nacional ontem, mostra 65% de menções negativas contra 35% de positivas. No acumulado, foram cerca de 200 milhões de visualizações em posts sobre o tema, segundo a Quaest.

As redes avaliadas foram o Twitter, que representou 48% do total da amostra, o Facebook, com 43%, e o Instagram, 9%, detalhou o diretor da Quaest, Felipe Nunes, ao UOL.

Bolsonaro foi mais criticado quando tratou de urnas e golpe, pandemia e corrupção. Segundo a análise, naqueles momentos, a proporção entre os favoráveis e os desfavoráveis ao presidente pendia mais para o lado negativo desses temas.

O apoio foi maior na 'disputa' com Bonner e na fala sobre urnas. Os apoiadores conseguiram ser maioria nas publicações que colocavam Bolsonaro contra o apresentador William Bonner, inclusive no momento em que ele disse que o jornalista o "forçaria" a ser um ditador quando questionado sobre sua relação com o centrão.

Também houve postagens favoráveis quando o presidente disse se comprometer com o resultado das urnas eletrônicas — embora tenha condicionado sua posição a "eleições limpas", termo usado por ele para criticar a segurança do pleito.

Nuvem de palavras é mais desfavorável ao presidente. A análise da Quaest avaliou ainda os termos utilizados pelos internautas durante a entrevista. Os mais expressivos — que aparecem com mais frequência — foram mais desfavoráveis a Bolsonaro: "Jair Preso", "macetando o Bolsonaro" e "Lula eleito".

Também se destacaram "Bonner e Renata", "governo sem corrupção", "ministros do STF", entre outros que podem ter sido utilizados por apoiadores ou críticos, dependendo do contexto.

Em média, 9 milhões de pessoas foram impactadas ao longo de toda a entrevista.

Entrevista teve mentiras de Bolsonaro sobre covid-19, STF, criação do PIX e mais. Durante a entrevista, Bolsonaro disse que nunca havia xingado ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), negou ter imitado pessoas sem ar com covid-19, afirmou que o colapso de Manaus foi resolvido em 48 horas e disse que seu governo criou o Pix. Porém, essas afirmações são falsas, segundo checagem do UOL Confere.