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Janja diz querer ressignificar conceito de primeira-dama se Lula for eleito

Janja expressou desejo de "ressignificar" o conceito de primeira-dama caso assuma o posto em uma eventual vitória de Lula - Ricardo Stuckert/Divulgação
Janja expressou desejo de "ressignificar" o conceito de primeira-dama caso assuma o posto em uma eventual vitória de Lula Imagem: Ricardo Stuckert/Divulgação

Colaboração para o UOL, em Maceió

24/08/2022 21h29

A socióloga Rosângela da Silva, esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), expressou desejo de "ressignificar" o conceito de primeira-dama, caso o petista seja eleito nas eleições de outubro para reassumir a Presidência da República.

Por meio dos stories de seu perfil no Instagram, Janja, como ela é conhecida nas redes, respondeu alguns questionamentos dos seguidores. Ao ser indagada sobre a possibilidade de se tornar primeira-dama do Brasil, ela disse "trabalhar" para que isso possa se concretizar, mas ressaltou que, caso assuma o posto, quer atribuir novo significado ao cargo.

"Vamos trabalhar para eu me tornar essa primeira-dama que vocês esperam. E tem um segredinho: vamos tentar ressignificar esse conceito de primeira-dama", declarou. "Mais para a frente a gente vai falar sobre isso", acrescentou, sem dar maiores explicações sobre suas pretensões.

Ao responder outras perguntas, Janja disse estar "tranquila" para o primeiro turno das eleições, previsto para acontecer no dia 2 de outubro, e salientou estar "com muita força para enfrentar a campanha" até o dia da votação.

Questionada sobre a roupa que usará em uma eventual posse de Lula, Rosângela foi cautelosa: ela ponderou que o primeiro passo "é ganhar as eleições para pensar nisso", mas afirmou que aceita sugestões para a composição do visual.

Janja assume papel de destaque na campanha de Lula

Rosângela da Silva e Luiz Inácio Lula da Silva se casaram em maio, pouco antes de o petista oficializar sua candidatura ao Palácio do Planalto. Desde então, Janja tem assumido papel de destaque na campanha petista.

Segundo a Folha de S.Paulo, a socióloga ganha cada vez mais notoriedade dentro e fora do comitê eleitoral petista, o que tem gerado elogios e ao mesmo tempo incômodos entre aliados do presidenciável.

A visibilidade adquirida por Janja também fez com que ela se tornasse alvo de críticas por parte dos adversários políticos. Conforme a Folha, a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) estudar levar ataques à socióloga para os programas de rádio e TV que começam a ser veiculados a partir desta semana.

Na última segunda-feira (22), durante coletiva de imprensa, Lula rebateu os ataques feitos à Janja, e afirmou que nunca envolveu problemas pessoais de seus adversários nas vezes em que se candidatou, sobretudo relacionados às esposas de seus rivais.

"Jamais envolvi qualquer mulher de presidente em campanha política. Aliás, eu jamais envolvi qualquer problema pessoal de candidatos na vida política", declarou. "Minha divergência [com meus adversários] é sobre ideias políticas e programáticas. Aí está o debate", pontuou.

"Quando você começa a envolver mulher [dos candidatos] em campanhas é porque você não tem o que falar. Eu tenho lido coisas nas redes sociais. Partindo de quem parte, a gente sempre tem que esperar o pior, porque daquele mandacaru não nasce flor cheirosa. É só coisa ruim", completou, referindo-se a Bolsonaro.