Pazuello investe R$ 500 mil próprios na campanha; assessoria alega erro
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ) transferiu para sua campanha a deputado federal R$ 500 mil do próprio bolso. De acordo com a plataforma "DivulgaCand", do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a transferência eletrônica, feita ontem, é a única receita do general para a disputa declarada até o momento. De acordo com a assessoria do candidato, entretanto, o valor apontado tem origem, na verdade, do fundo eleitoral recebido do diretório nacional do PL. "A informação foi lançada no sistema com imprecisão, o que acabou causando essa confusão. Porém, já foi retificado", diz comunicado.
Pazuello apresentou ao TSE um patrimônio total de R$ 1,2 milhão. Portanto, a quantia transferida para a campanha representa 39% do valor total de bens declarados pelo candidato à Justiça Eleitoral.
Mas o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) também tenta arrecadar recursos para a campanha de outra forma: por meio de uma "vaquinha online". Porém, até o momento, os valores têm sido tímidos. No total, o general recebeu R$ 975.
Entre os doadores dessa vaquinha está George da Silva Divério, ex-superintendente do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro exonerado em meio a investigações sobre contratos sem licitação no estado. Ele doou R$ 50.
O coach Pablo Marçal (PROS) continua liderando a lista dos candidatos que mais transferiram recursos próprios para suas campanhas. A candidatura do empresário à Presidência é alvo de imbróglio judicial com a atual direção da sigla, que defende o apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo a plataforma DivulgaCand, Marçal transferiu para si mesmo R$ 551 mil. O valor representa 0,57% do total de patrimônio declarado pelo coach ao TSE, de R$ 96.942.541,15.
Ao UOL, a assessoria de Pazuello afirmou que a informação sobre o valor foi lançada no sistema com imprecisão e que "retificou o relatório de prestações de contas". Ainda de acordo com a assessoria, "o valor tem origem no fundo eleitoral recebido do diretório nacional do PL, sem ter qualquer quantia de recurso próprio do candidato a deputado federal pelo RJ".
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