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Mulher de Daniel Silveira tem redes sociais bloqueadas após ordem de Moraes

O deputado federal Daniel Silveira e a mulher, Paola Daniel - Reprodução/Instagram
O deputado federal Daniel Silveira e a mulher, Paola Daniel Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

30/08/2022 16h51Atualizada em 30/08/2022 16h51

Entrou em vigor o bloqueio das redes sociais de Paola da Silva Daniel, esposa do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) e candidata a uma cadeira na Câmara pela mesma sigla do marido. A determinação é do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Segundo verificou o UOL, as contas do Twitter e Instagram de Paola estão bloqueadas. No Twitter, o usuário é informado que a conta dela foi retida em resposta a uma ordem judicial.

Antes de perder o acesso ao Instagram, ela divulgou seu novo perfil aos seguidores. Em sua decisão, Moraes proíbe Paola de criar novos perfis em redes sociais e estabelece multa diária de R$ 15 mil em caso de descumprimento.

O UOL entrou em contato com o Instagram para saber se o novo perfil é mesmo de Paola, e se a conta também será suspensa.

O bloqueio das redes de Paola acontece após Silveira usar as redes sociais da mulher para atacar Moraes e o senador Romário (PL-RJ). O deputado bolsonarista está suspenso das redes sociais desde fevereiro de 2021, quando o STF bloqueou suas contas no Twitter, Instagram e Facebook.

Post de Paola Daniel - Reprodução - Reprodução
30.ago.22 - Publicação do perfil bloqueado de Paola da Silva Daniel no Instagram
Imagem: Reprodução

O ministro também ordenou bloqueio de todas as contas bancárias de Paola. Ela recebeu transferência de R$ 100 mil de Daniel Silveira após Moraes determinar bloqueio das contas do deputado.

Hoje, a defesa do deputado e candidato ao Senado enviou um pedido para que Alexandre de Moraes reveja a decisão sobre as redes sociais da esposa de Silveira. No agravo regimental apresentado, os advogados alegam que Paola "não foi em momento algum citada para compor qualquer relação processual" com Silveira e que "nem sequer foi dada a ela a oportunidade de integrar a relação processual por representação de um advogado".

Para a defesa, Paola está sendo vítima de "violência institucional". No texto, argumentam que as redes sociais dela têm a finalidade de " prover a sua própria imagem, sobretudo em virtude de ser candidata à vaga de Deputada Federal pelo Estado do Rio de Janeiro".

"Assim, privar a mulher do Agravante do uso de suas redes sociais significa puni-la de forma arbitrária", diz outro trecho.

Os advogados também pedem que a PGR (Procuradoria-Geral da República) seja intimada a se manifestar sobre a decisão de Moraes.

Alvo de críticas de Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores, Moraes tem sido responsável por decisões desfavoráveis ao presidente. O ministro é relator do processo que condenou Silveira a oito anos e nove meses de prisão, também mandou a PF (Polícia Federal) tomar o depoimento de Paola. Na decisão, Moraes argumenta que ela auxiliou Silveira a burlar ordens da Corte, quando publicou em suas redes o vídeo do deputado atacando o juiz.

Desde fevereiro de 2021, Daniel Silveira também está suspenso das redes sociais por determinação do ministro. Ontem, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) compartilhou um suposto novo perfil do deputado.

O UOL entrou em contato com a assessoria de imprensa de Daniel Silveira que, em primeiro momento disse "desconhecer" o perfil. Depois, o assessor informou ser "um perfil de algum apoiador": "Não é do deputado".

Até o início da tarde desta terça-feira (30), o perfil contava com aproximadamente 9,7 mil seguidores. Na descrição da página aparece a seguinte mensagem: "a intervenção através do Senado".

O UOL também entrou em contato com o Twitter para saber se a conta é do deputado, e se será suspensa por isso. Caso tenha resposta, o texto será atualizado.