Lula critica debate da Band por tempo de fala, mas sugere que irá a outros
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o primeiro debate presidencial promovido pela TV Bandeirantes, UOL, Folha de S.Paulo e TV Cultura no último dia 28. O petista atacou o tempo de fala disponibilizado aos candidatos, apesar de ter declarado que "gosta de debate".
"Eu gosto de debate, acho que debate é essencial para clarear a mente do povo brasileiro. Mas o debate da Bandeirantes tem um problema. Como são muitos convidados, você fala por 4 minutos e fica, acho, 18 minutos sem falar. Quando volta a ter a palavra, você não vai bater boca, você vai tentar falar algo que seja positivo para o brasileiro. Você percebe?", disse o petista a jornalistas maranhenses ao cumprir agenda de campanha no estado.
No debate do dia 28 foram convidados, ao todo, seis candidatos ao Palácio do Planalto, sendo eles: Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL), Luiz Felipe d'Avila (Novo), Lula, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil). Confira aqui as principais regras do debate.
Apesar das críticas, o ex-presidente indicou que comparecerá a outros debates e ainda ressaltou esperar que as novas oportunidades tenham um formato diferente.
"Eu acho que vai ter um momento em que vai ter um debate tête-à-tête, olho no olho, você conversando com a pessoa, você dizendo as coisas cara a cara, esse debate vai ter. Inclusive, nós vamos ter outro debate daqui para a frente e é preciso que as regras facilitem o debate, a troca de ideias, para que o povo compreenda o que está acontecendo", completou.
A pesquisa Datafolha apontou que a atuação de Simone Tebet (MDB) recebeu a melhor avaliação nos três blocos do debate da Bandeirantes. A candidata emedebista recebeu 43% dos votos, seguida de Ciro Gomes (PDT), com 23%. O petista Luiz Inácio Lula da Silva e Bolsonaro empataram na terceira posição, com 10%.
Colunistas do UOL também opinaram que Lula e Bolsonaro não foram bem no evento.
Lula ficou na defensiva
O presidente Bolsonaro escolheu seu principal adversário na corrida eleitoral, o ex-presidente Lula, para o primeiro confronto do debate. O atual chefe do Executivo questionou sobre a Petrobras no governo Lula e citou ainda a delação feita pelo ex-ministro Antonio Palocci.
Bolsonaro, no entanto, não disse que a delação do ex-ministro foi anulada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2020. Lula, por sua vez, repetiu as declarações dadas durante a sabatina do Jornal Nacional, no dia 25, e disse, ficando na defensiva, que "não teve nenhum presidente da República que fez mais investigação para que a gente apurasse a corrupção do que nós fizemos".
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