Agro, religiosos e conservadores bancam estrutura de atos no 7 de setembro
Apoiadores da reeleição de Jair Bolsonaro (PL) planejam uma demonstração de força popular do presidente no 7 de setembro. Somente em São Paulo, estão previstos 13 caminhões de som na avenida Paulista. No Rio de Janeiro, serão mais 10 veículos na avenida Atlântica.
Esta reunião da direita a menos de um mês da eleição deve atrair militantes e postulantes a vagas de deputado estadual ou federal, afirma Giovani Falcone (PRTB), um dos organizadores do ato em São Paulo e também candidato a cadeira na Câmara dos Deputados.
"Esta vai ser a festa da direita e vai ter um monte de candidato. Não tem nem como falar [a quantidade] porque toda direita estará lá. Vai ser o dia do pessoal se mostrar"
Bolsonaro deve falar no Rio. Figuras notórias do bolsonarismo —como Marcos Pontes (PL-SP), Ricardo Salles (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP)— terão espaço de destaque. O que os demais candidatos buscarão nas avenidas Paulista e Atlântica são minutos de notoriedade nos caminhões de som. Mas o discurso mais aguardado é do presidente e candidato a reeleição.
Giovani afirmou que existe a possibilidade de instalação de um telão em São Paulo para uma entrada por videochamada. Na manhã de 7 de setembro, Bolsonaro acompanhará o desfile cívico em Brasília e a expectativa é de que ele fale no Rio de Janeiro.
Comício no Rio será precedido de motociata. O pronunciamento do candidato à reeleição está previsto para as 15 horas. Antes, o presidente participa de uma motociata e uma passeata com motos aquáticas, ambas organizadas por Waldir Ferraz, ex-assessor do presidente.
Ele conta que a concentração está prevista para 12h22 em frente ao Monumento dos Pracinha, no Aterro do Flamengo. A saída ocorre às 13h22 e o destino é o Posto 6, em Copacabana. O minuto 22 é referência ao número de Bolsonaro na urna.
Bolsonaro deve discursar no caminhão de Malafaia. Vários grupos de movimentos de direita alugaram caminhões de som no Rio e em São Paulo. A previsão é que Bolsonaro suba no veículo em que estiver o pastor Silas Malafaia. A dobradinha sinaliza que podem ocorrer declarações duras contra as instituições.
No domingo da semana passada (25), o religioso postou um vídeo no Instagram agredindo o ministro Alexandre Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e integrante do STF (Supremo Tribunal Federal). Na legenda, Malafaia escreveu: "Vergonha! O desgraçado que rasga a Constituição."
Agro e conservadores bancam caminhões em São Paulo. Em São Paulo, os grupos de apoio ao candidato à reeleição também alugaram caminhões de som para defender suas pautas. O Movimento Frente Conservadora, o Movimento Família Brasileira e a Marcha da Família Cristão pela Liberdade são alguns exemplos.
O agronegócio também estará com um caminhão de som para levar suas bandeiras até a Paulista na próxima quarta-feira. O Movimento Agro ficará na metade da avenida.
CACs devem ser novidade neste 7 de setembro. Em cada comício de campanha, Bolsonaro enaltece seus decretos a favor da liberação de armas. As medidas devem se pagar agora.
Giovani Falcone afirmou que neste 7 de setembro é esperada forte presença de CACs (caçadores, atiradores e colecionadores). O organizador ressalta que é um grupo que não se fez presente nas manifestações que ocorreram ao longo do governo Bolsonaro.
Grupos que não apareciam antes. Giovani ainda disse que há outros grupos que pediram para estar na Paulista e que não compareciam aos atos do passado. Mas ele não credita esta presença a uma militância desinteressada.
A avaliação é de que são candidatos que estarão buscando votos. De qualquer forma, a presença é bem-vinda para engrossar o ato e cumprir o objetivo de projetar popularidade no último mês da corrida presidencial.
Pedido para não agredir instituições nem pregar por golpe. O organizador afirmou que a orientação para estes grupos novos é não fazer discursos contra instituições. O conselho ocorre apesar dos acontecimentos do ano passado. No 7 de setembro de 2021, Bolsonaro chamou o ministro Alexandre de Moraes de "canalha".
Giovani também contou que existe uma orientação para não haver apelos para acionar o artigo 142 da Constituição. De acordo com a interpretação de alguns grupos de direita, este trecho da Carta Magna autoriza as Forças Armadas a intervir no Brasil.
Campanha é contra atos radicais. A possibilidade de discursos radicais atacando as urnas eletrônicas, ministros do STF e defendendo golpe preocupa a equipe da campanha de Bolsonaro. A avaliação é de que estas ideias afastam o eleitor de centro e prejudica o desempenho na corrida presidencial.
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