Topo

'Desavergonhado comício eleitoral', diz Ciro Gomes sobre Bolsonaro no 7/9

Jair Messias Bolsonaro frente a frente com Ciro Gomes em debate - Renato Pizzutto/Band
Jair Messias Bolsonaro frente a frente com Ciro Gomes em debate Imagem: Renato Pizzutto/Band

Do UOL, em São Paulo

07/09/2022 17h42Atualizada em 07/09/2022 17h53

O presidenciável do PDT, Ciro Gomes, acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de utilizar as celebrações de 7 de Setembro para fazer "comício eleitoral". O chefe do Executivo iniciou o dia com presença em desfile em Brasília, partiu para o Rio de Janeiro para discursar e há expectativa que uma mensagem dele por vídeo seja exibida em São Paulo.

"Bolsonaro transformou o 7 de Setembro dos 200 anos da Independência no mais desavergonhado comício eleitoral já feito neste país. E houve outras transgressões políticas, institucionais e morais seríssimas. Os brasileiros cobram uma ação da justiça!", escreveu o opositor.

No evento em Brasília hoje de manhã, Bolsonaro fez discurso eleitoreiro e puxou um coro de "imbrochável" após citar a esposa, Michelle, e compará-la a outras primeiras-damas. O presidente também a chamou de "princesa".

O presidenciável do PL evitou atacar o STF (Supremo Tribunal Federal), apesar de vaias dos apoiadores. Ao citar o Supremo, Bolsonaro não emendou em críticas aos ministros e limitou-se a dizer que "todos sabem" o papel da Corte atualmente.

Já no Rio, na parte da tarde, o presidente investiu contra seu principal adversário nas eleições do próximo mês, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao criticar governos de esquerda na América Latina.

Todos são amigos do quadrilheiro de nove dedos que disputa a eleição no Brasil. Esse tipo de gente tem que ser extirpado da vida pública. Eu peço a vocês que não tentem convencer um esquerdista, façam o contrário, fale para ele convencer você a ser esquerdista
Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro

Em cima de um trio elétrico, Bolsonaro exaltou o Brasil, disse novamente que a economia local é exemplo para o mundo e reforçou ser contra a legalização das drogas e do aborto: "O estado é laico, mas o seu presidente é cristão".

Novamente, Bolsonaro evitou agredir verbalmente outros poderes e instituições. Mesmo assim, citou o STF e reclamou a apoiadores que "hoje vocês sabem como é difícil como presidente da República estar defendendo algo que é mais importante que a nossa vida, que é a nossa liberdade". A plateia vaiou o Supremo.