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Lula após falas de Bolsonaro: Nunca usei 7 de Setembro para fazer campanha

Do UOL, em São Paulo

07/09/2022 17h42Atualizada em 07/09/2022 21h29

Líder nas pesquisas e opositor a Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou o Twitter para fazer críticas ao presidente e dizer que, quando era chefe do Executivo, nunca usou o 7 de Setembro para fazer campanha eleitoral. A declaração ocorreu em vídeo, publicado na noite de hoje, após os discursos do presidente em Brasília e no Rio, inclusive, com ataques diretos a Lula.

"Quando presidente da República, eu tive a oportunidade de participar de dois [feriados de] 7 de setembro, um em 2006 e o outro em 2010, em época eleitoral. Em nenhum momento, a gente utilizou um dia da Pátria, um dia do povo brasileiro, o dia maior do nosso país por conta da independência, como instrumento de política eleitoral", começou em vídeo.

Lula não citou o nome de Bolsonaro, mas comentou que o presidente deveria "discutir os problemas do Brasil, tentar falar para o povo brasileiro como ele vai resolver o problema da economia, da educação, da saúde, do desemprego, do arroxo do salário mínimo" ao invés de "tentar falar de campanha política e tentar me atacar".

O ex-presidente também afirmou que o concorrente deveria explicar como ele e familiares negociaram 107 imóveis desde 1990, dos quais ao menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro em espécie, conforme apurado pela reportagem do UOL.

"Agora ele deveria estar explicando para o povo como é que a família juntou R$ 26 milhões em dinheiro vivo para comprar 51 imóveis. É isso que ele tem que explicar. O Brasil precisa de melhor sorte. O Brasil precisa de um governo que cuide do povo, que fale de harmonia, de uma pessoa que fale em amor, de uma pessoa que fale em crescimento econômico, industrialização e geração de emprego, e aumento de salário. De uma pessoa que cuida do povo como se fosse os seus. O povo resolveu que vai reconquistar a democracia para a gente recuperar o Brasil", concluiu.

Lula fala que o dia deveria ser de 'amor e união'

Mais cedo, Lula declarou que o 7 de Setembro deveria ser um dia de "amor e união pelo Brasil".

A data simbólica foi permeada por atos e manifestações que ocorrem hoje em cidades como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, manifestos impulsionados por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).

Durante o seu discurso no Rio de Janeiro, Bolsonaro atacou Lula e chegou a dizer que "essa gente precisa ser extirpada da vida pública".

Lula também declarou acreditar que o Brasil irá "reconquistar sua bandeira, soberania e democracia" — uma crítica, embora sem nomes, à campanha de Bolsonaro e às cores da bandeira utilizadas politicamente pelo concorrente.

O petista também publicou um vídeo com diferentes versões do Hino Nacional cantadas em atos de sua campanha.