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Tebet sobre postura de Bolsonaro: 'Mostra todo seu desprezo pelas mulheres'

Simone Tebet (MDB) criticou a fala de Bolsonaro neste 7 de Setembro - Renato Pizzutto/Band
Simone Tebet (MDB) criticou a fala de Bolsonaro neste 7 de Setembro Imagem: Renato Pizzutto/Band

Do UOL, em São Paulo

07/09/2022 13h49Atualizada em 07/09/2022 15h42

A candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB) criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro (PL) em discurso em Brasília pelo 7 de Setembro, que puxou um coro de "imbrochável" e comparou a esposa, Michelle Bolsonaro, a outras primeiras-damas. A senadora disse que se sente "envergonhada e desrespeitada" e que o chefe do Executivo mostrou sua "masculinidade tóxica e infantil".

"Vergonhoso e patético! No dia da Independência do Brasil, o Presidente mostra todo seu desprezo pelas mulheres e sua masculinidade tóxica e infantil. Como brasileira e mulher, me sinto envergonhada e desrespeitada", escreveu.

Durante o discurso ao lado de Michelle, Bolsonaro disse que "podemos fazer várias comparações, até entre as primeiras-damas", referindo-se, sem citar o nome de Janja, à esposa de seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente citou o que considera serem as qualidades da esposa: "uma mulher de Deus, família e ativa na minha vida".

Além de pária internacional devido à falta de segurança e estabilidade política, agora o país também vira motivo de chacota pelas falas machistas do seu líder, que deveria dar exemplo. O Brasil não merece o governo que tem
Simone Tebet, sobre discurso de Jair Bolsonaro em Brasília

A candidata do União Brasil ao Planalto, Soraya Thronicke, também criticou a fala e disse que esta informação não interessa ao povo brasileiro. Segundo a senadora, o que realmente interessa é ter "um presidente incorruptível".

"Divorciado do respeito à data, em pleno 7 de Setembro, o presidente insiste em propagar que é imbrochável - informação que, sinceramente, não interessa ao povo brasileiro", escreveu no Twitter.

O deputado federal e candidato à reeleição André Janones (Avante-MG) disse que Bolsonaro deveria ter uma "postura de estadista", mas que, na verdade, envergonhou a todos com "a sua necessidade de agredir mulheres e pedindo um coro pro próprio pênis". O parlamentar, que apoia e faz parte da campanha de Lula, porém, se mostrou otimista de que o governo Bolsonaro está "pra acabar".

Candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT) chamou Bolsonaro de "patético, autoritário e corrupto". O ex-prefeito de São Paulo também lamentou que uma "trágica conjunção de fatores" tenha trazido o Brasil até o cenário visto hoje.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que Bolsonaro "roubou do povo" a data da Independência do Brasil para "fazer sua campanha" e "apequenou o 7 de setembro". Para a deputada federal, o presidente agiu de forma "desprezível" e tentou "se colocar acima do país".

A candidata a deputada federal por São Paulo Marina Silva (Rede) afirmou que a data em que se comemora a Independência do Brasil foi manchada nos últimos anos pela "ascensão de um nacionalismo de fachada". Sem citar o presidente Jair Bolsonaro, a ex-senadora defendeu que a tarefa para os próximos anos será "recolher o lixo da festa nouveau riche da direita".

"Os novos falsos patriotas acham que o Brasil serve para ganhar dinheiro, bater em mulher, atirar em negro, queimar a floresta e envenenar a água para tirar ouro de terra indígena", afirmou.