Topo

Contra Carlos Bolsonaro, TSE mantém posts sobre Lula e a queda da gasolina

O vereador licenciado do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, em Encontro Empresarial Brasil-Rússia, em Moscou - Alan Santos/PR
O vereador licenciado do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, em Encontro Empresarial Brasil-Rússia, em Moscou Imagem: Alan Santos/PR

Do UOL, em São Paulo

08/09/2022 18h28Atualizada em 08/09/2022 18h49

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negou hoje o pedido do vereador licenciado Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) para excluir postagens de apoiadores do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que associavam o petista à queda no preço da gasolina. As pesquisas de intenções de votos apontam a liderança do ex-presidente sobre o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), pai de Carlos.

Por meio de seu perfil no Twitter, Carlos, conhecido como "filho 02" de Bolsonaro, alegou que parlamentares como o senador Humberto Costa (PT-PE), e o deputado federal Orlando Silva (PcdoB-SP), entre outros, divulgaram "mentira a fim de enganar o eleitor" sobre Lula ser o responsável pela diminuição nos preços dos combustíveis.

Ao Tribunal Eleitoral, o vereador acusou as publicações de desinformação e propaganda eleitoral negativa contra Bolsonaro. Segundo o parlamentar, as postagens estariam distorcendo a percepção do eleitor "quanto a imagem do governo Bolsonaro e enaltecendo o candidato Lula, com mensagens que vinculam a redução do valor à sua liderança nas pesquisas".

Na decisão, a ministra relatora Maria Claudia Bucchianeri discorreu que a orientação para ajuizar representação por propaganda eleitoral irregular nas eleições presidenciais deve ser feita apenas por diretório nacional de partido político, coligação, candidato e o MPE (Ministério Público Eleitoral). Carlos se licenciou do cargo para atuar na campanha de reeleição do pai à presidência e não se enquadraria em nenhum dos perfis mencionados.

"(...) Indefiro a petição inicial e, como consequência, nego seguimento a esta representação, prejudicado o pedido liminar", decidiu a ministra do TSE.

Preço da gasolina e Lula nas redes sociais

Desde a segunda-feira (5), após a divulgação da nova pesquisa Ipec mostrar que Lula permanece à frente de Bolsonaro na disputa pelo Palácio do Planalto, petistas, entre políticos e apoiadores anônimos, ironizam ao dizer que, diante do levantamento, o governo voltaria a baixar os preços dos combustíveis, em uma espécie de tentativa para reverter a desvantagem nas pesquisas.

Depois da divulgação do levantamento, alguns internautas apoiadores de Lula chegaram a usar a hashtag "gasolina grátis" no Twitter para ironizar Bolsonaro.

Como a Petrobras tem reduzido consecutivamente os preços dos combustíveis às vésperas das eleições, opositores creditam essa movimentação ao fato de Bolsonaro não conseguir se aproximar de Lula na corrida presidencial, mesmo após o Auxílio Brasil de R$ 600, e benefício para caminhoneiros e taxistas.