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Bolsonaro edita crítica de Waack e posta parte em que jornalista cita pênis

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o jornalista William Waack, da CNN Brasil - João Gabriel Rodrigues/AE e Reprodução/CNN Brasil
O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o jornalista William Waack, da CNN Brasil Imagem: João Gabriel Rodrigues/AE e Reprodução/CNN Brasil

Do UOL, em São Paulo

08/09/2022 08h35

O presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou um vídeo em suas redes sociais com um comentário feito pelo jornalista William Waack, da CNN Brasil, sobre a "irrigação sanguínea do pênis de Bolsonaro" — uma referência ao termo "imbrochável", usado pelo presidente durante o seu discurso no 7 de Setembro.

Bolsonaro agradeceu ironicamente ao jornalista pelo comentário, mas não publicou o resto da crítica.

"O país não precisa se preocupar, se é que muita gente se preocupou, com a irrigação sanguínea do pênis normal do Bolsonaro. Ela está plenamente normal e satisfatória, ele assegurou", disse Waack na CNN, ontem à noite. E completou: "O que permite esperar que a irrigação sanguínea esteja plenamente normal e satisfatória em outros órgãos dos quais ele precisa para governar. Como o cérebro, por exemplo".

Bolsonaro puxou coro de "imbrochável"

Durante um discurso realizado em Brasília após o desfile oficial do 7 de Setembro, Bolsonaro puxou o coro de "imbrochável" após ter chamado a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, de "princesa" e de ter insinuado a comparação entre ela e a socióloga Janja, esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas eleitorais.

"Vamos todos votar, vamos convencer aqueles que pensam diferente de nós, vamos convencê-los do que é melhor para o nosso Brasil. Podemos fazer várias comparações, até entre as primeiras-damas", disse, sem citar o nome de Janja.

Discursos de Bolsonaro no 7 de Setembro fazem partidos irem ao TSE. Apesar de ter publicado o trecho da crítica de Waack, Bolsonaro não compartilhou o momento em que o jornalista critica o uso eleitoral do 7 de Setembro, que desatou uma "tempestade jurídica".

A campanha de Lula afirmou que apresentará uma ação de investigação eleitoral contra Bolsonaro por abuso de poder econômico e político. Para a coligação do petista, o presidente participou do evento como candidato, e não como representante de um dos Poderes.

A campanha do ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT) também planeja uma ação semelhante, segundo apurou o UOL. A peça deve ser apresentada nos próximos dias.

A senadora Soraya Thronicke (União Brasil) estuda apresentar uma ação de investigação eleitoral contra Bolsonaro e uma representação por conduta vedada — neste último caso, o objetivo será impedir que o presidente utilize as imagens dos atos em suas propagandas eleitorais.

Os processos devem ser apresentados hoje.