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Bolsonaro provoca Lula após frase da KKK: 'Se sentiu excluído'

7.set.22 - O presidente Jair Bolsonaro (PL) cumprimenta apoiadores em Copacabana, no Rio de Janeiro - ANDRE BORGES / AFP
7.set.22 - O presidente Jair Bolsonaro (PL) cumprimenta apoiadores em Copacabana, no Rio de Janeiro Imagem: ANDRE BORGES / AFP

Do UOL, em São Paulo

09/09/2022 17h20

Chamando o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de "ex-presidiário", o presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu fala do petista sobre manifestações do 7 de Setembro, na qual comparou os bolsonaristas presentes ao ato em Copacabana à KKK (Ku Klux Klan), grupo racista, com história de violência contra negros.

O ex-presidente afirmou, em ato em Nova Iguaçu na noite de ontem, que os atos do dia da Independência pareciam reunião da KKK, porque "não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, não tinha trabalhador".

"Foi uma coisa muito engraçada, que o ato do Bolsonaro parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz. Porque não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, não tinha trabalhador", afirmou Lula.

Em suas redes sociais, Bolsonaro publicou vídeo de apoiadores dele passando uma nota de R$ 5 pela multidão e pagando por uma garrafa de água, que volta - repetindo: "Aqui não tem ladrão". Na legenda, o presidente afirmou que o "ex-presidiário se sentiu excluído após esse vídeo" e "chamou o povo de 'cuscuz clã'".

"Parece que o ex-presidiário se sentiu excluído após esse vídeo. Em resposta, chamou o povo de "cuscuz clã", talvez porque assistiu a milhões de brasileiros vestindo amarelo", escreveu Bolsonaro.

"Cuscuz clã" é uma referência a um meme que bolsonaristas tem espalhado nas redes sociais, especialmente no Twitter, após a declaração de Lula.

O que é a Ku Klux Klan?

A Ku Klux Klan (KKK) ou Klan é uma organização terrorista fundada em uma pequena cidade do Tennessee, Estados Unidos, entre os anos de 1865 e 1866. De supremacia branca, promovia — e ainda promove — atos terroristas contra negros e negras, assim como simpatizantes dos seus direitos.

Embora exista até hoje, com atuação enfraquecida, entidades como o Southern Poverty Law Center (SPLC), responsável pelo estudo de organizações extremistas nos Estados Unidos, acredita que haja 72 células — com 5 a 8 mil membros — no país. Segundo o Brasil Escola, o KKK está ligado a ideais supremacistas, anticatólicos, antissemitas, antiliberais, anticomunistas e também promovem discurso de ódio contra muçulmanos e LGBTs, sem contar que possuem envolvimento com movimentos neonazistas.