Lula diz que governo é fraco e Bolsonaro foi cooptado: 'Entregou orçamento'
O candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, durante sabatina da CNN, que o presidente Jair Bolsonaro (PT) foi "cooptado" e entregou o orçamento ao Congresso Nacional. Em outras ocasiões o petista já havia criticado o chamado orçamento secreto.
O que aconteceu, hoje, no Parlamento brasileiro é pela fragilidade do presidente da República. O presidente da República foi cooptado pelo Parlamento. Ele entregou o orçamento ao Parlamento [...] Acontece é que o governo está tão fraco que o Congresso se apoderou e hoje o Congresso tem mais poder de investimento do que o presidente da República. Isso é muito grave."
Questionado sobre como irá lidar com essa situação em um eventual governo, o ex-presidente disse que espera que seja eleita uma bancada "mais arrumada e mais comprometida" do que a de hoje.
"Política é arte de conversar. Você vai ter que conversar e vai dizer que não pode ter orçamento secreto", disse Lula.
Ele defendeu que é preciso conversar com o Congresso, mas não se entregar às vontades dos deputados e senadores.
Alckmin na articulação. Segundo o petista, o ex-governador de São Paulo e agora seu candidato a vice Geraldo Alckmin (PSB) será peça importante na articulação com o Congresso Nacional.
Quando eu fui procurar o companheiro Alckmin para ser meu vice era porque eu sabia da necessidade que a gente vai ter de fazer muita articulação em Brasília, para a gente tentar mudar o fato de o presidente da República ser refém do Congresso Nacional."
Orçamento na mira da campanha. A equipe do petista já mapeou sete pontos do projeto de Orçamento do próximo ano para usar contra Bolsonaro ao longo da campanha.
Uma das estratégias, por exemplo, é reforçar que o presidente "entregou" recursos que eram da saúde e da educação para "abastecer" em R$ 19,4 bilhões o chamado orçamento secreto. A não garantia do Auxílio Brasil de R$ 600 é um outro tópico.
O que é orçamento secreto. Esse é um dos nomes atribuídos às emendas do relator, cujo código técnico é RP-9. Essa emenda é definida pelo deputado ou senador escolhido como relator-geral do orçamento a cada ano —em negociações informais e sem critério definido para quem e para onde o dinheiro será destinado.
Ganham prioridade na fila, por exemplo, políticos aliados de integrantes do governo federal.
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