Bolsonaro tem que dizer a apoiadores que se afastem de briga, diz Soraya
A senadora Soraya Thronicke, candidata do União Brasil à Presidência da República, afirmou nesta segunda-feira (12) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) precisa pedir para seus apoiadores que "se afastem de briga". A parlamentar comentou os episódios de violência política registrados nos últimos dias ao deixar a posse da ministra Rosa Weber, no STF (Supremo Tribunal Federal).
"Eu acho que ele tem que dizer para seus apoiadores que se afastem de briga e que comece a plantar mais diretamente. Ele dá umas tuitadas, mas nada direta. É uma situação tão grave que precisa ser direto. Tem que chegar no povo e dizer: 'chega disso'", disse.
A senadora foi a única presidenciável presente na posse. Bolsonaro não compareceu, optando por uma agenda em São Paulo para gravação de um podcast. O ex-presidente Lula (PT), que também foi convidado, ficou também na capital paulista onde foi sabatinado pela CNN Brasil. Ciro Gomes (PDT), que inicialmente confirmou presença, desistiu também sob o argumento de agenda de campanha em São Paulo.
Soraya mencionou os episódios envolvendo Guilherme Boulos, candidato a deputado federal pelo PSOL, que disse ter sido ameaçado por um apoiador do presidente Bolsonaro armado durante um ato de campanha em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, na tarde de sexta-feira (9).
A candidata também citou o ocorrido com Ciro Gomes no fim de semana. A equipe do pedetista relatou que um homem, também apoiador de Bolsonaro, tentou agredir o candidato durante o evento "Acampamento Farroupilha", em Porto Alegre (RS).
"Eu tive uma situação complicada, de uma pessoa vir no meio de uma entrevista minha, por trás, se colocando por cima de uma maneira muito abrupta. Tivemos ontem a questão do Ciro. Onde nós vamos chegar desse jeito?", disse.
Em discurso ao tomar posse como presidente do STF, a ministra Rosa Weber defendeu o Estado democrático de Direito e afirmou que o país vive "tempos perturbadores". Rosa fez um discurso moderado, mas declarou repúdio a discursos de ódio e práticas antidemocráticas.
Terceira mulher da história a chegar ao comando da Corte, a nova presidente do STF assume o cargo em meio a um momento de relações turbulentas entre o tribunal e o Executivo.
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