Lula chama Alckmin de companheiro para ajudar na articulação com Congresso
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o ex-governador de São Paulo e seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), será peça fundamental na articulação com o Congresso Nacional, caso vença as eleições. Lula chamou Alckmin de "companheiro" —como tem feito em discursos pelo país.
Quando procurei o companheiro Alckmin para ser o meu vice era porque sabia da necessidade que a gente vai ter de fazer muita articulação em Brasília, para a gente tentar mudar o fato do presidente da República ser muito refém do Congresso Nacional."
Filiado ao PSB no início deste ano para integrar a chapa com Lula, Alckmin deixou o PSDB depois de 33 anos. No início, a união com o ex-governador paulista gerou ruído dentro do PT, mas a aliança hoje é consenso no partido.
Durante a entrevista, Lula também alfinetou outros adversários políticos, sem citar nomes. "Eu sei que tem gente que vem aqui e bate no peito e fala que vai fazer, vai e pronto. Não vai. Não vai", disse.
O petista é o quinto candidato à Presidência da República entrevistado pela emissora. Antes dele, Ciro Gomes (PDT), Luiz Felipe D'Ávila (Novo), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) foram sabatinados pelo apresentador William Waack.
Críticas contra Aécio. No início da entrevista, Lula também criticou o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e falou que o tucano é responsável por criar o "clima de animosidade" vivido hoje no Brasil.
Aécio perdeu as eleições presidenciais em 2014 contra Dilma Rousseff (PT). O tucano chegou a pedir recontagem dos votos e foi um dos políticos a defender o impeachment da petista, na época.
O Aécio afrontou a vitória da Dilma, entrou com recurso na Justiça, e é responsável pelo clima de animosidade que está criado hoje nesse país. Porque numa eleição, você disputa, você perde ou você ganha."
Durante a sabatina do Jornal Nacional, Lula já havia citado que Dilma enfrentou uma "dupla dinâmica" —Eduardo Cunha (PTB), então presidente da Câmara, e Aécio. "Eles trabalharam o tempo inteiro para que ela não pudesse fazer nenhuma mudança", disse o petista, na ocasião.
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