TSE nega resposta de Bolsonaro para propagandas que citam caso dos imóveis
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) rejeitou os pedidos de direito de resposta da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, em propagandas do PT, PCdoB e PV que citam os imóveis comprados pela família do presidente com dinheiro vivo, caso revelado por reportagens do UOL.
A ministra Maria Claudia Bucchianeri entendeu que não há elementos necessários para conceder o direito de resposta, que seria "excepcional".
Na semana passada, reportagens do UOL relatando o uso de dinheiro vivo em 51 dos 107 imóveis comprados pelo clã Bolsonaro chegaram a ser censuradas na quinta-feira (22) pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, mas o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça derrubou a censura.
Em outra decisão no sábado, Mendonça negou pedido apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para investigar as operações imobiliárias de Bolsonaro e sua família.
Uma reportagem publicada pelo jornal O Globo aponta que a Polícia Federal avaliou as movimentações financeiras de Ana Cristina Valle, candidata a deputada distrital pelo PP (Partido Progressista) no Distrito Federal e ex-esposa de Bolsonaro, como "atípicas" e "incompatíveis" com seu salário.
As afirmações da polícia se baseiam em um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), elaborado para ser utilizado como base para pedir à Justiça Federal uma investigação contra a ex-esposa de Bolsonaro após ela comprar uma mansão em um bairro nobre de Brasília, avaliada em R$ 3 milhões.
Nas redes sociais, Ana Cristina negou as acusações. "Não é verdade... Eu desafio a pessoa a provar que isso é verdade. Abro a minha conta bancária a quem quiser", falou.
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