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'Guedes é um engodo', diz Simone Tebet em sabatina na Record

Do UOL, em São Paulo

28/09/2022 20h26

A senadora Simone Tebet (MDB), candidata à Presidência da República, fez críticas ao atual ministro da Economia, Paulo Guedes, e o chamou de "engodo". A declaração ocorreu hoje durante entrevista ao "Jornal da Record", da TV Record.

Lamentavelmente, o atual ministro é um engodo. O 'Posto Ipiranga' que diz resolver tudo e não resolve nada. Ele simplesmente não conhece a realidade do Brasil a ponto de dizer que não tem gente pedindo comida ou dinheiro nos semáforos das grandes cidades brasileiras. Simone Tebet em entrevista à TV Record

A candidata se referia à fala de Guedes, ocorrida na última segunda-feira (26), quando, em discurso para empresários na Bahia, ele afirmou que o Auxílio Brasil, programa de transferência de renda do governo Jair Bolsonaro (PL) em vigor desde novembro do ano passado, retirou as pessoas das ruas.

"Desenhamos os programas sociais juntos. Preservamos 11 milhões de empregos. Lançamos uma camada de proteção para 68 milhões de brasileiros. Não tem mais ninguém nos sinais vendendo água, nos estádios de futebol. Por que isso? Auxílio Brasil é o nome", afirmou o ministro da Economia.

Durante a entrevista, Simone evitou citar o nome de Lula, mas disse que o "voto útil" é o "voto consciente" e que quem decide a eleição são os cidadãos. A campanha petista investe no que é conhecido como "voto útil", quando um eleitor opta por um candidato que não é necessariamente a sua primeira opção com o objetivo de determinar os resultados eleitorais.

"Voto útil é o voto consciente do eleitor. Quem decide, dia 2 de outubro, são os cidadãos. Participei de algumas eleições e sei que o dia decisivo é nas eleições", afirmou a presidenciável.

Questionada sobre a eventual base de apoio, caso seja eleita, Simone Tebet voltou a afirmar que enfrenta a resistência de parte do MDB e admite que há corrupção no próprio partido.

Primeiro, é importante dizer que há meia dúzias de caciques que nunca estiveram comigo, porque eu os enfrentei. O meu partido é um partido que, como muitos outros partidos, tem corrupção. E eu sempre enfrentei esses caciques, que sempre estiveram do outro lado da história. Foram ministro do ex-presidente Lula no Mensalão, no Petrolão, em escândalos de corrupção que temem em dizer que não existiam. Então, eles não estarem do meu lado significa que eu estou do lado certo da história. Simone Tebet

Faltando quatro dias para o primeiro turno das eleições presidenciais, pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança, com 46% das intenções de voto. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 33%. Na sequência, aparecem Ciro Gomes (PDT), que manteve os 6%, e Simone Tebet (MDB), que também permaneceu estável com 5%.