Quinta colocada, Soraya diz que apoio no 2º turno cabe ao União Brasil

Candidata à Presidência da República derrotada, Soraya Thronicke (União Brasil) divulgou uma nota e evitou declarar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A senadora disse que a decisão cabe ao partido, o União Brasil.

Soraya ficou em quinto lugar, com 0,51% dos votos. Ela agradeceu aos votos que recebeu e defendeu que o resultado das urnas "deve ser respeitado".

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Com o resultado de hoje, Lula e Bolsonaro vão disputar o segundo turno das eleições. A votação será no próximo dia 30 de outubro, último domingo do mês.

Eleita em 2018 senadora, a parlamentar ainda tem quatro anos de mandato e garantiu que vai continuar "o trabalho em prol de quem mais precisa, tendo como principais bandeiras a abertura de mercado e o combate à corrupção".

Soraya foi chamada de "traidora de Bolsonaro" em seção eleitoral

Neste domingo (2), enquanto era entrevistada em sua seção eleitoral, a senadora foi vaiada e chamada de "traidora de Bolsonaro" e "a maior traidora do MS". Soraya votou em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.

O vídeo do momento foi publicado pelo deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ). Na legenda, Jordy escreveu: "Traidora sendo tratada como tal!".

Na gravação de meio minuto, uma mulher vestida com uma camiseta amarela - cor amplamente associada aos eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL) - passa gritando na frente da candidata sendo entrevistada por diversos veículos. Em resposta, diversas pessoas em volta vaiam Thronicke e repetem "traidora".

"Gente, olha a traidora do MS aí. Olha, ganhou as eleições nas custas do Bolsonaro e virou a maior traidora do MS", berra a mulher, enquanto quem gravava responde: "Verdade".

No último debate, Soraya Thronicke foi acusada de ter abandonado Bolsonaro pelo próprio candidato do PL. Em 2018, quando foi eleita senadora, a candidata apoiava Jair Bolsonaro.