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Bolsonaro chama Tebet de 'estepe' e Soraya de 'trambique' no cercadinho

Do UOL, em São Paulo

03/10/2022 08h08Atualizada em 03/10/2022 08h59

O presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou as senadoras Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) de "estepe" e "trambique", em conversa com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada no final da noite de ontem, após o término da apuração das urnas no primeiro turno das eleições.

Bolsonaro se referiu às ex-presidenciáveis dessa forma ao comentar que a política é um "self-service", comparação que o chefe do Executivo fez em outras ocasiões para falar sobre as opções que eleitores têm para votar nas eleições.

"É aquela história de 'vamos mudar'. Mas quem entra no meu lugar? A política é um self-service. Vocês têm eu, Lula, Ciro, a 'estepe', a 'trambique', que é decoradora sabe daquilo, né? A decoradora. E acabou. Não adianta procurar. É o que está ali, pô", afirmou Bolsonaro.

Ao usar o termo self-service ("autosserviço", em português), que diz respeito a uma tradicional modalidade de consumo em bares e restaurantes (quando o próprio cliente se serve), Bolsonaro repete uma estratégia utilizada quatro anos antes: apresentar-se não como o "melhor candidato", e sim como a opção mais palatável ao gosto do eleitor.

Em uma entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, no final de agosto, Bolsonaro usou essa mesma expressão. "Entendo que a eleição do dia 2 terá essa marca. Acho que o que tem na mesa é um self-service. A gente viu esses dias que tem pouca coisa para escolher", disse o presidente na ocasião.

Soraya foi chamada de 'traidora de Bolsonaro' em seção eleitoral

Neste domingo (2), enquanto era entrevistada em sua seção eleitoral, a senadora foi vaiada e chamada de "traidora de Bolsonaro" e "a maior traidora do MS". Soraya votou em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul.

O vídeo do momento foi publicado pelo deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ). Na legenda, Jordy escreveu: "Traidora sendo tratada como tal!".

Na gravação de meio minuto, uma mulher vestida com uma camiseta amarela —cor amplamente associada aos eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL)— passa gritando na frente da candidata sendo entrevistada por diversos veículos. Em resposta, diversas pessoas em volta vaiam Thronicke e repetem "traidora".

"Gente, olha a traidora de MS aí. Olha, ganhou as eleições nas custas do Bolsonaro e virou a maior traidora do MS", berra a mulher, enquanto quem gravava responde: "Verdade".

Em 2018, quando foi eleita senadora, a candidata apoiava Jair Bolsonaro.

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