Primeira vacinada contra a covid do Brasil não é eleita deputada federal

A enfermeira Mônica Calazans (PSDB), primeira pessoa vacinada contra a covid-19 no Brasil, não conseguiu ser eleita deputada federal pelo estado de São Paulo, ficando na 12ª posição do partido, que elegeu 3 deputados.

Calazans foi convidada a se filiar ao PSDB pelo próprio João Dória no início do ano. Ela ganhou notoriedade e se tornou um símbolo da vacinação no país, sobretudo da disputa política entre o então governador e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

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No total, ela atingiu 9.149 votos, 0,04% do total de votos válidos no estado.

Quem é Mônica Calazans

Mônica Calazans tem 56 anos e trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. A instituição é referência no tratamento de doenças infecciosas.

A enfermeira foi imunizada minutos depois da aprovação da Anvisa, numa estratégia de Doria de aplicar a primeira vacina antes de Bolsonaro. O presidente da República ainda tentou importar a vacina desenvolvida por Oxford/Astrazeneca da Índia para ganhar a corrida, mas não obteve sucesso.

Além de enfermeira, Mônica também é do grupo de risco contra a covid por ser obesa, hipertensa e diabética.

Em maio de 2020, no auge da primeira onda da epidemia do coronavírus no estado, decidiu se inscrever para as vagas de enfermagem abertas no Emílio Ribas.

Ela mora em Itaquera, na zona leste da capital paulista e trabalhou como auxiliar de enfermagem por 26 anos, decidindo fazer faculdade numa fase já madura e se formando aos 47 anos.

É viúva e mora com o filho, de 30 anos e ainda cuida da mãe, de 72 anos.