Castro encontra Bolsonaro e fala em fazer do RJ a 'capital' da reeleição
O governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), manifestou hoje apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno. Correligionário, o chefe do Executivo fluminense declarou que pretende fazer do RJ a "capital da vitória" de Bolsonaro.
"Como eu sou do partido do presidente, eu sou apoiador do presidente... Não tinha como não vir aqui e tentar me esforçar muito para o Rio ser a capital da vitória do presidente Bolsonaro. (...) Não preciso franquear o apoio porque o senhor já o tem desde sempre. Mas dizer aqui que o Rio vai se esmerar. Tivemos mais de 800 mil votos de frente e agora vamos sacramentar essa vitória começando pelo Rio de Janeiro", declarou o governador.
Castro sempre esteve ao lado de Bolsonaro, mas evitou pedir votos de forma explícita durante o primeiro turno. Sua estratégia foi tentar fugir da polarização entre o governante federal e o seu principal adversário nas urnas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a fim de não atrapalhar a corrida pelo comando do Palácio Guanabara.
No último domingo (2), com a vitória garantida no primeiro turno, Castro mudou o tom do discurso e afirmou que pediria votos "todos os dias" para o presidente na reta final do pleito. No RJ, Bolsonaro teve quase 1 milhão de votos a mais do que Lula.
"O que eu sempre disse e mostrou que eu estava certo: não podia um governador de estado não 'estadualizar' a eleição. Alguém que estava no cargo tinha que divulgar aquilo que tinha feito. E eu falava: apoio o presidente, e o presidente me apoia. Mas aqui não há muleta. Ele está dizendo o que fez e eu estou dizendo o que fiz", justificou-se ele, hoje.
Isso junta-se tudo, tanto que a gente fez uma votação muito similar [no Rio]. Foram menos de cem mil votos de diferença um do outro. Demonstrando que a população queria exatamente isso. Presidente e governador que trabalham juntos, mas que um não seja muleta do outro
Cláudio Castro, governador reeleito no RJ, após encontro com Bolsonaro
As declarações ocorreram hoje depois de um encontro entre os dois, no Palácio do Planalto, em Brasília. "Muitos dizem, alguns não praticam. Mas gratidão não prescreve. E eu pratico isso, de gratidão realmente não prescrever. (...) Vamos tentar fazer do Rio a maior diferença [de votos em favor de Bolsonaro] no Brasil."
Mais cedo, Bolsonaro já havia recebido em Brasília o governador reeleito em Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). De acordo com o mineiro, ele e o presidente superaram "divergências" a fim de construir aliança no segundo turno.
Zema disse considerar que governos anteriores do PT foram "desastrosos" e "arruinaram" o estado de Minas Gerais —fatos que, na visão dele, ajudam a justificar o apoio a Bolsonaro.
'Capital da reeleição'. Bolsonaro afirmou ter a expectativa de que o Rio se torne, de fato, a "capital da reeleição". Ele destacou a parceria com o governador fluminense em pautas como o esforço do governo federal para, junto ao Congresso, reduzir o preço dos combustíveis.
"Essa oficialização de apoio, que já existia, é mais uma tranquilidade para a gente. E nós queremos continuar esse bom relacionamento. Quem ganha é o fluminense, morador do RJ, e ganha o Brasil também. Lá é a capital de muita coisa... O nosso estado do Rio de Janeiro, e vai ser agora a capital da nossa reeleição."
Foco no Sudeste. Bolsonaro disse também que deve destinar cerca de 40% do tempo no segundo turno para realizar atividades de campanha na região Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo).
"O Sudeste é o maior colégio eleitoral do Brasil. Pretendemos investir, sim, em torno de 40% do nosso tempo nesses 4 estados. Mas pretendemos comparecer a todos os estados do Brasil, com uma atenção especial ao Nordeste."
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