Caiado desafia Bivar e diz que maioria do União Brasil apoia Bolsonaro
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), desafiou hoje o presidente do partido, Luciano Bivar, e afirmou que a maioria da agremiação (entre deputados federais e senadores) decidiu apoiar a candidatura à reeleição do chefe do Executivo federal.
Ontem, Bivar havia emitido comunicado por meio do qual liberava os correligionários para livre escolha no segundo turno —Bolsonaro enfrenta nas urnas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Hoje, após almoçar com o presidente no Palácio da Alvorada, em Brasília, Caiado tentou falar em nome do partido e declarou apoio da "maioria" a Bolsonaro. Segundo ele, foi feita uma consulta informal entre os correligionários. Não houve uma decisão oficial da Executiva Nacional nesse sentido.
"Depois de uma longa discussão com toda a nossa Executiva, principalmente os governadores e deputados federais, e a ampla maioria do partido é favorável e declara apoio ao presidente Jair Bolsonaro", disse Caiado hoje.
Questionado se o posicionamento havia sido combinado com Bivar, o governador goiano respondeu que "a decisão pessoal dele [em referência ao dirigente] não pode ser determinante".
A decisão pessoal dele não pode ser determinante quando se fala em maioria, a tese partidária não é o rito imperial do presidente, é da maioria. O presidente do partido pode ter a opinião dele, mas a maioria do partido já se declarou favorável
Ronaldo Caiado (UB), governador de Goiás
Membro do antigo Democratas, partido que se fundiu com o PSL para criar o União Brasil, Caiado afirmou considerar que não há um confronto entre o posicionamento da dita "maioria" —que ele diz representar— e o posicionamento oficial do partido divulgado ontem.
"Não existe nenhuma dissonância da decisão de ontem. O partido, através do presidente, liberou e a maioria deliberou por tomar este caminho."
Um dos políticos que estão na mira de Bolsonaro para a aliança no segundo turno é ACM Neto (UB), que disputará o segundo turno pelo governo da Bahia.
Bolsonaro declarou a jornalistas que sempre teve simpatia por ACM Neto e que a decisão de apoiar ou não a candidatura à reeleição está nas mãos dele.
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