Teste de integridade das urnas com biometria não encontrou falhas, diz TSE
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou que o teste de integridade nas urnas eletrônicas não encontrou divergências nos votos proferidos e comprovou a lisura das eleições. O mesmo resultado se aplica ao projeto-piloto que usou a biometria de eleitores reais no teste, uma das principais cobranças das Forças Armadas para as eleições.
O teste de integridade consiste no sorteio de urnas que são levadas para as sedes dos Tribunais Regionais Eleitorais e usadas em uma votação simulada, com servidores da Justiça Eleitoral. Além dos votos no equipamento, são depositados votos em cédulas de papel, que são posteriormente conferidos com o resultado das urnas.
Neste ano, o TSE fez duas inovações no teste: a primeira foi a ampliação do número de urnas que tradicionalmente são sorteadas. Em vez de 100, foram 641. Deste total, 58 passaram pelo projeto-piloto do teste de integridade com biometria, sugestão dos militares aceita pelo tribunal.
Segundo Moraes, tanto o teste de integridade normal quanto o de integridade com a biometria de eleitores transcorreu normalmente, e nenhuma divergência foi identificada. Isso significa que os votos dados em papel batiam com os votos inseridos nas urnas.
"Não houve nenhuma divergência. 100% de aprovação no teste de integridade com biometria", afirmou o ministro. "Como só poderia acontecer, todas as urnas eletrônicas conferiram os votos dados na urna com os votos dados no papel."
Como foi o teste
O uso da biometria no teste de integridade foi conduzido em 58 urnas de 19 estados e do Distrito Federal. Assim como é feito no procedimento regular, o teste com biometria também foi filmado.
Ao todo, 493 eleitores se voluntariam para participar liberando as urnas com suas digitais.
O uso da biometria era um dos principais pleitos das Forças Armadas para as eleições e se tornou ponto de impasse no TSE durante a gestão do ministro Edson Fachin, que antecedeu Moraes.
Internamente, a equipe técnica do tribunal também resistiu à implementação da proposta, apontando dificuldades de logística para implementar a medida em tão pouco tempo.
A ideia dos militares era que, após votarem nas urnas normalmente, os eleitores se voluntariaram para destravar as urnas do teste usando a biometria —algo que não era feito até então.
No último dia 31 de agosto, o TSE anunciou que elaboraria um projeto-piloto acatando a sugestão após uma reunião entre Moraes e o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira. Pela primeira vez, o encontro contou com a participação de técnicos dos militares, atendendo a um pleito antigo da caserna.
A proposta foi aprovada por unanimidade pelo plenário no dia 13 de setembro.
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