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Bolsonaro sobre tiros em evento de Tarcísio: 'Tudo é preliminar ainda'

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

17/10/2022 12h36Atualizada em 17/10/2022 14h41

O presidente e postulante à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), fez hoje um breve comentário acerca do episódio de violência em São Paulo durante agenda de campanha do candidato do Republicanos ao governo do estado, Tarcísio Gomes de Freitas. A atividade eleitoral teve que ser interrompida devido a troca de tiros na comunidade de Paraisópolis, na zona sul, a segunda maior favela da capital paulista.

A reportagem do UOL, que estava no local, presenciou pessoas sendo orientadas a deitar no chão e a se afastar das janelas. Tarcísio, que participava da inauguração do primeiro polo universitário da comunidade, deixou o local às pressas em uma van blindada, escoltado por seguranças. Ele não se feriu. Uma pessoa foi baleada, mas não há mais informações sobre a identidade dela.

Bolsonaro disse que os fatos eram ainda "preliminares" e afirmou que não gostaria de se "antecipar" ao emitir juízo de valor. "Seria prematuro eu falar sobre isso", emendou ele, durante declaração à imprensa no Palácio da Alvorada, a residência oficial da chefia do Executivo federal, em Brasília.

O presidente afirmou ainda que o evento ocorrido hoje é um "sinal" de que Tarcísio, um de seus pupilos na política —ex-ministro da Infraestrutura no atual governo—, deve "se preocupar mais ainda com a segurança". "Tarcísio tem a segurança dele e com certeza será reforçada."

Chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), o ministro Augusto Heleno afirmou que Tarcísio foi evacuado do local onde ocorreu a troca de tiros, em Paraisópolis, e que ninguém se feriu durante a movimentação. Segundo o general, uma pessoa foi presa ou apreendida (a idade do suspeito ainda não foi confirmada).

O evento de hoje, sendo ou não contra ele, é um sinal de que ele deve se preocupar ainda mais com sua segurança
Jair Bolsonaro

Tarcísio se manifestou sobre o ocorrido pelas redes sociais, dizendo que a equipe foi atacada e que um suspeito foi baleado.

Apoio de Virgílio e Agripino Maia. Antes de comentar a situação envolvendo Tarcísio, Bolsonaro anunciou mais dois apoios no segundo turno, em que disputa o comando do Executivo federal com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Declararam apoio ao concorrente do PL o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (PSDB) e o presidente do diretório potiguar do União Brasil, José Agripino Maia. Bolsonaro comemorou a chegada de novos aliados.

"Essas duas lideranças são bem-vindas, eu agradeço, e é um tom de pacificação e união nacional. É gente, lideranças políticas, de todas as 27 unidades da federação. Obviamente, isso é bom para o Brasil, porque tudo cada vez mais se mostra pacificado."

Sertanejos com Bolsonaro. O presidente e candidato à reeleição também recebeu hoje os cantores Leonardo e Gusttavo Lima no Palácio da Alvorada. À imprensa, Bolsonaro fez agradecimentos aos artistas pela manifestação e declarou que "o Brasil está pavimentado para um futuro de verdade".

O chefe do Executivo destacou que a última eleição resultou na formação de um Congresso alinhado às perspectivas da direita e da centro-direita.

"O Brasil está pavimentado para um futuro de verdade. Um Congresso que foi para centro-direita. Tem tudo para aprovar tudo aquilo que interessa para o povo brasileiro. Até nas pautas voltadas para a segurança pública. Tenho certeza que vamos aprovar a redução da maioridade penal. Aquela minoria de jovens que ousam roubar celulares, por exemplo, não vai ter vida boa com a redução da maioridade penal."

"E a molecada, grande maioria... Mais de 99% da molecada vai poder ter direito à Carteira Nacional de Habilitação", completou.