Amuleto: todas as vezes em que Lula usou a 'gravata da sorte' do debate

No primeiro debate presidencial do segundo turno, realizado no domingo pelo UOL, em parceria com a Band, TV Cultura e Folha de S. Paulo, o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou um velho amuleto: uma gravata com as cores da bandeira do Brasil.

Nas redes sociais, logo que Lula apareceu no debate, foram publicados comentários de que o petista utiliza essa gravata em momentos importantes de sua trajetória política. E não é mentira. O próprio ex-presidente disse que o acessório é escolhido para grandes eventos.

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"Em todos os eventos internacionais que são importantes vocês podem ver que eu estou com uma gravata dessas, não só porque são as cores do meu país, mas porque nos deu sorte em Copenhague duas vezes: ganhamos nas Olimpíadas e na COP-15 (Conferência do Clima), quando o Brasil teve um papel importante", disse Lula, em 2009, em evento do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Com isso, ela foi apelidada de "gravata da sorte". O UOL traz uma lista de vezes em que o petista usou o acessório:

Abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim (2008)

Lançamento do Pré-Sal (2009)

Em agosto de 2009, o então presidente Lula concedeu uma coletiva de imprensa para apresentar o marco regulatório do Pré-Sal. Na ocasião, ao lado de diversos integrantes do governo, discursou usando a gravata.

Anúncio dos Jogos Olímpicos no Rio (2009)

No dia 2 de outubro de 2009, em Copenhague, ficou decidido que o Rio de Janeiro seria sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Na época, a capital carioca bateu a candidatura de Madri, na Espanha, por 66 votos a 32. Então presidente, Lula vestia a gravata. Além dele, todos que integravam a comitiva também vestiam uma mesma versão do apetrecho.

COP-15 (2009)

Na participação na COP-15, a Conferência do Clima, em Copenhague, na Dinamarca, Lula repetiu o uso da "gravata da sorte". No discurso, o então presidente falou sobre os avanços do Brasil na redução da emissão de gases do efeito estufa e criticou outros países por não estarem comprometidos com a causa climática.

Encontro com Chávez (2010)

Em coletiva de imprensa ao lado do então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, Lula usou outra vez a gravata. O encontro entre os dois chefes de Estado foi para tratar da integração entre os países e da crise energética no país vizinho, segundo informações do governo brasileiro à época.

Encontro com Silvio Santos (2010)

Críticas à Lava-Jato (2016)

Depois de anos no armário, Lula retirou a gravata verde e amarela para uma coletiva de imprensa em 2016. Na época havia vazado um áudio dele com a então presidente Dilma Rousseff. Era o início da operação Lava Jato, que prendeu o ex-presidente em abril de 2016.

Interrogatório com Moro (2017)

Em 2017 ocorreu o primeiro encontro entre Lula e o então juiz Sérgio Moro, que julgava os casos envolvendo a Operação Lava Jato. Em depoimento em Curitiba, o petista foi acompanhado de uma multidão de correligionários, aliados e apoiadores. A "gravata da sorte" estava presente.

Interrogatório com Bretas (2018)

Lula prestou depoimento ao juiz Marcelo Bretas em 2018, dois meses depois de ser preso no caso do triplex do Guarujá. Na ocasião, foi testemunha de defesa do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Por estar preso, o depoimento foi feito de forma remota. Ao se ver no vídeo, Lula brincou: "Estou bonito, hein? Essa gravata é da conquista das Olimpíadas".

Capa da Time (2022)

A gravata verde e amarela voltou a chamar atenção quando Lula foi capa da revista Time. Na edição, a revista americana destacou o possível retorno de Lula ao Palácio do Planalto. "O mais popular de todos os presidentes brasileiros volta do exílio político com a promessa de salvar a nação", destacou a capa da revista.

Posse de Alexandre de Moraes (2022)

Em um dos primeiros eventos políticos que reuniu Lula e Jair Bolsonaro (PL) no mesmo espaço, o petista estava com a "gravata da sorte". Foi na posse de Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Lula sentou ao lado dos ex-presidentes José Sarney, Michel Temer e Dilma Rousseff.