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Ex-secretário de política econômica de FHC declara voto em Lula

Economista José Roberto Mendonça de Barros - Karime Xavier/Folhapress
Economista José Roberto Mendonça de Barros Imagem: Karime Xavier/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

18/10/2022 16h58

O economista, professor universitário e integrante da equipe econômica do governo de Fernando Henrique Cardoso, José Roberto Mendonça de Barros, anunciou em nota voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições contra o presidente Jair Bolsonaro.

Ele se junta a outros economistas que participaram do governo tucano e declararam voto no petista no segundo turno, bem como ao próprio FHC. Barros foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 1995 e 1998 e secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior da Presidência da República entre abril e novembro de 1998.

Na nota, ele ressalta a importância da democracia e diz temer terminar a vida "em outra ditadura", mencionando que começou a vida profissional durante o Regime Militar (1964-1985). "Vou votar, como muitos dos colegas da minha geração, a favor da democracia e contra o projeto de um regime iliberal, de valores sectários e francamente ultrapassados. Por isso votarei na coligação liderada por Lula", declara.

Criadores do Plano Real apoiam Lula e pedem responsabilidade na economia

Os economistas Armínio Fraga, Edmar Bacha, Pedro Malan e Persio Arida declararam, em conjunto, apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. Além dos quatro economistas, André Lara Resende, outro nome historicamente ligado ao PSDB e considerado um dos pais do Plano Real, também apoiou Lula na disputa presidencial - mas logo no primeiro turno.

O Plano Real controlou a hiperinflação do Brasil nos anos 90. Os dados da época traziam que a inflação acumulada nos 12 meses, de julho de 1993 até junho de 94, se aproximava de 5000%. No fim daquele ano, a inflação oficial já tinha caído para 916%, até chegar em 22% em 1995, ajudando a diminuir o processo de perda de consumo dos salários.

Eles pediram responsabilidade no trato da economia para Lula.