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CEO do Ipec: Curva de crescimento de Bolsonaro parou; Lula ainda é favorito

Colaboração para o UOL

25/10/2022 09h53

Márcia Cavallari, CEO do Ipec, analisou as tendências mostradas pela pesquisa da eleição presidencial divulgada ontem. Ela afirmou que a curva de crescimento do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) foi interrompida e que, hoje, Lula (PT) é favorito. Também explicou o que pode fazer o presidente buscar a virada.

"A eleição do 2º turno começou bem definida e permanece com quadro de estabilidade. Tem pequenas oscilações entre candidatos, mas mantendo um padrão de definição dos votos", disse Márcia. Segundo ela, o levantamento não conseguiu absorver nenhum possível impacto do caso Roberto Jefferson.

A CEO do Ipec lembrou que Bolsonaro vinha com leve alta em todas pesquisas da semana passada, mas agora isso foi interrompido. "Essa pesquisa mostra que estabilizou o patamar de avaliação anterior. Precisa ver se foi apenas uma oscilação amostral, um resultado que não teve esse movimento, mas, aparentemente, aquela curva de crescer ponto a ponto foi parada."

De acordo com a visão de Márcia sobre a pesquisa, apesar do crescimento anterior de Bolsonaro, o petista segue como principal candidato a vencer a eleição. "Lula é favorito hoje. Temos que acompanhar fatos da semana. O que não falta são fatos. E tem o último debate, que tem o peso importante na decisão de voto do eleitor".

Lula e Bolsonaro farão um debate na Rede Globo, na sexta-feira (28), às 21h30 (de Brasília).

Bolsonaro tem núcleo duro de eleitores que está com ele, não importa o que aconteça, diz CEO do Ipec

Márcia Cavallari afirmou ainda que os dois lados têm candidatos muito convictos no voto. Mas ainda existe uma parcela da população que cogita votar em ambos.

"Bolsonaro tem um núcleo duro de eleitores que está com ele de qualquer forma. Ambos têm esse tipo de eleitor. São 2 nichos e perfis específicos que são bem consolidados. Tem apenas um pedaço, de 7%, que diz que poderia votar tanto em um quanto no outro. São 7% que dizem que pode mudar o voto até o dia da eleição. Esses 7% podem fazer diferença. O desafio é quem consegue captar esses 7%", explicou Márcia.

Contabilizando que são cerca de 8 milhões de votos, Bolsonaro teria que conquistar praticamente todos esses eleitores para vencer no 2º turno, segundo Márcia.

Josias: Bolsonaro tenta judicializar campanha antes da abertura das urnas como quem antevê derrota

O colunista do UOL Josias de Souza comentou a denúncia de fraude nas inserções de rádio feita pela campanha de Bolsonaro. Para ele, isso é uma estratégia de Bolsonaro para judicializar a eleição.

"Estamos diante de uma tentativa de judicialização da campanha antes de abrir urnas. Quem faz esse tipo de coisa não está antevendo vitória. Está em apuros. Fabio Faria deu a impressão de que sacaria bala de prata quando convocou repórteres para exposição de fato grave. Mas Moraes se revelou rápido no gatilho. Ele deu a esse artefato uma aparência de tiro de festim, que é incapaz de cobrir o estrondo das granadas de Roberto Jefferson", afirmou Josias.

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