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The Economist: 'Apesar de favoritismo de Lula, Bolsonaro ainda pode vencer'

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) disputam o 2º turno  - Nelson Almeida e Mauro Pimentel/AFP
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) disputam o 2º turno Imagem: Nelson Almeida e Mauro Pimentel/AFP

Do UOL, em São Paulo

29/10/2022 13h48

A revista inglesa The Economist publicou hoje um artigo de análise das eleições brasileiras, marcadas para amanhã, e disse que, apesar do favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida para o Planalto, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) ainda tem chance de vencer.

"Pela maior parte deste ano, a eleição presidencial brasileira parecia que seria vencida por Luiz Inácio Lula da Silva", diz o texto. "As pesquisas colocavam Lula, como ele é conhecido, na frente de Jair Bolsonaro, o atual presidente de direita, por dois dígitos de diferença. Ainda assim, o primeiro turno, de 2 de outubro, foi muito mais acirrado do que institutos de pesquisa e analistas esperavam".

A publicação destaca que várias pesquisas eleitorais divulgadas nesta semana mostram um empate técnico entre Lula e Bolsonaro dentro da margem de erro. "O presidente está se beneficiando do contexto econômico e de uma campanha mais azeitada", diz o texto, acrescentando que o presidente prometeu R$ 273 bilhões para ampliar o Auxílio Brasil mirando o eleitorado mais pobre.

O artigo, que não tem assinatura, diz que "a matemática ainda está a favor de Lula". "Cerca de 10 milhões de pessoas votaram para outros candidatos no primeiro turno, enquanto 5 milhões votaram branco e 33 milhões não compareceram às urnas", expõe.

A análise conclui que a campanha deste ano foi "feia", e resultou em mais violência política do que o normal. "Quem quer que vença em 30 de outubro vai governar um país dividido e fracionado", finaliza.

As pesquisas eleitorais divulgadas nesta semana apontam Lula à frente de Bolsonaro, com vantagens que vão de 0,8 a 8 pontos percentuais nas intenções para votos válidos.