Derrotado, Haddad conquista o melhor resultado da história do PT em SP
Apesar de derrotado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) hoje, Fernando Haddad conquistou o melhor resultado da história do PT na corrida pelo governo do estado de São Paulo. Esta foi apenas a segunda vez que o partido chegou à disputa de segundo turno pelo Palácio dos Bandeirantes.
Tarcísio recebeu 55,27% dos votos, contra 44,73% de Haddad.
Em 2002, na outra ocasião em que o PT disputou o segundo turno, José Genoino (PT) terminou com 41,36% e acabou derrotado pelo então tucano Geraldo Alckmin, com 58,64%.
Aos 59 anos, Fernando Haddad disputou a eleição para o governo após ter sido o candidato do PT à Presidência da República em 2018 — ele foi o nome do partido no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que cumpria pena em Curitiba na ocasião.
Ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, ele recorreu mais ao passado à frente do MEC em sua campanha do que ao legado na prefeitura. Eleito em 2012, Haddad não conseguiu se reeleger em 2016.
Haddad apostava em uma virada, o que não seria inédita. Desde a redemocratização, a eleição estadual foi vencida apenas duas vezes por candidatos que não lideraram no primeiro turno: Luiz Antônio Fleury (que virou sobre Paulo Maluf em 1990) e Mário Covas (também vitorioso sobre Maluf em 1998).
Em 2022, a disputa ao Palácio dos Bandeirantes foi nacionalizada do início ao fim, com Haddad e Tarcísio trazendo para o estado o embate entre seus respectivos aliados: Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Futuro. Para as eleições municipais, Haddad deve desempenhar o papel de cabo eleitoral de Guilherme Boulos (PSOL), eleito deputado federal e com quem o PT já fechou um acordo para apoiar a candidatura à Prefeitura de São Paulo em 2024. A nível nacional, ainda se discute se ele disputará novas eleições para cargos do Executivo.
A capacidade de articulação demonstrada nestas eleições é apontada como um trunfo que Haddad deve carregar internamente, sobretudo para costurar novas alianças para o PT nas próximas eleições. A avaliação de correligionários ouvidos pela reportagem é de que ele ganha força, influência e independência dentro do PT.
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