Candidatos à Prefeitura de SP criticam Maduro e citam indícios de fraude
Candidatos e pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo criticaram nesta segunda-feira (29) o anúncio da vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela.
O que disseram
Tabata Amaral (PSB) disse que "há motivos" para crer que houve fraude. "Intimidação a opositores, manobras para dificultar o voto, observadores internacionais impedidos de atuar e o governo declarando vitória sem divulgar os boletins", escreveu a candidata.
O que está acontecendo na Venezuela tem nome: fraude eleitoral.
-- Tabata Amaral (@tabataamaralsp) July 29, 2024
Intimidação a opositores, manobras para dificultar o voto, observadores internacionais impedidos de atuar e o governo declarando vitória sem divulgar os boletins. Há todos os motivos para crer que o resultado não?
Ricardo Nunes (MDB) também fala em "fortes indícios de fraude". O atual prefeito e pré-candidato à reeleição disse que "um democrata não pode reconhecer o resultado" e pediu que o Brasil não seja cúmplice de "ditadores de estimação".
Minha solidariedade aos venezuelanos que já se refugiaram no Brasil em fuga da ditadura de Maduro. A eleição com fortes indícios de fraude na Venezuela merece o repúdio de todos. Um democrata não pode reconhecer o resultado. Não sejamos cúmplices de ditadores de estimação.
-- Ricardo Nunes (@ricardo_nunessp) July 29, 2024
Onde?
Datena afirmou que o resultado da eleição na Venezuela é "inaceitável". "Esse Maduro é uma ameaça à democracia, não só ao país dele, povo pacato e amigo do Brasil, mas à América do Sul. É inaceitável um antidemocrata, um cidadão ditador como esse, continuar destruindo a Venezuela", disse o candidato do PSDB. O apresentou disse esperar que o governo brasileiro seja "firme contra essa ameaça à democracia".
Guilherme Boulos publicou uma nota dizendo que acompanha a situação "com preocupação". O deputado federal e pré-candidato pelo PSOL afirmou que vai "esperar a posição da diplomacia brasileira, que está monitorando de perto a situação no país e aguardando a divulgação das atas das sessões eleitorais." O governo do presidente Lula, padrinho político de Boulos, cobrou a divulgação de dados das urnas pela Venezuela e não reconheceu, até o momento, a vitória Maduro.
"Não há nada para esperar de um ditador", afirmou Marina Helena. A candidata do Novo acusou Maduro de colocar as Forças Armadas nas ruas para "intimidar a população".
Maria Corina, opositora de Madura impedida de concorrer, diz que a Venezuela tem um novo presidente eleito e ele é "Edmundo González":
-- Marina Helena (@marinahelenabr) July 29, 2024
"Ele ganhou com 70%, temos cópia de todos os votos". pic.twitter.com/7PVd0iBZ2K
Para Kim Kataguiri, Maduro "roubou" as eleições na Venezuela. "Para a surpresa de um total de zero pessoas, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela declarou a vitória de Maduro. Mesmo com diversas parciais mostrando a derrota do ditador, essa foi a decisão do CNE", disse o pré-candidato do União Brasil.
Para a surpresa de um total de ZERO pessoas, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela declarou a vitória de Maduro.
-- Kim Kataguiri (@KimKataguiri) July 29, 2024
Mesmo com diversas parciais mostrando a derrota do ditador, essa foi a decisão do CNE.
Em poucas horas veremos a esquerda defender Maduro, não se surpreendam? pic.twitter.com/fKsq4AO4jf
Pablo Marçal classificou a declaração de vitória como "um atentado à democracia". "Maduro se declara reeleito, quando todas as pesquisas apontavam sua derrota esmagadora. É trágico ver um país que já foi um dos mais ricos do mundo afundar seu povo na miséria sob esse regime totalitário", disse, além de criticar "parte da esquerda brasileira", que sempre aplaudiu esses canalhas, apoiando uma ditadura que destrói vidas. Isso mostra o perigo real dessas ideologias e acende o alerta para todos nós."
Venezuela diz que Maduro venceu com 51,2%
Com 80% das urnas apuradas, Maduro obteve 5,150 milhões de votos (51,2%) contra 4,445 milhões (44,2%) do principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia. Segundo o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), o resultado era irreversível com 80% das urnas apuradas. A vantagem de Maduro era então de cerca de 700 mil votos. O anúncio foi feito por volta da 1h desta segunda-feira (29), horário de Brasília e, desde então, nenhum outro boletim foi passado pelo órgão.
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