'Fujões', 'circo': Marçal, Tabata e M. Helena criticam ausências em debate
Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo), candidatos à Prefeitura de São Paulo, criticaram a ausência dos candidatos José Luiz Datena (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) no debate promovido pela revista Veja, ESPM e o instituto Paraná Pesquisas.
O que aconteceu
Marçal disse que falta "virilidade" aos concorrentes. "Vou tirar o chapéu aqui para todas as mulheres que vieram nesse debate, Tabata e a Marina", afirmou. "E falar que a gente está com um problema de masculinidade, de virilidade nessa nação, por isso os homens, principalmente o que lidera a prefeitura, não teve coragem de vir."
Marina Helena começou o debate chamando os três de fujões. "Quem deveria abrir o debate e fazer a pergunta era o prefeito Ricardo Nunes", disse ela enquanto exibia a palavra "fujões" escrita na palma da mão. "Eles três assinaram um termo de compromisso dizendo que estariam aqui hoje, e fugiram."
Tabata apontou "covardia" dos três candidatos ausentes. " [Quero] pontuar a covardia de quem não veio aqui hoje. Querem que essa eleição seja decidida pelos partidos políticos, em sala fechada, e não por você eleitor que tem o direito de conhecer as propostas", disse a candidata.
Candidata aproveitou para chamar Marçal de covarde. "Essa mesma covardia que a gente está vendo, especialmente de Nunes e Boulos, a gente também vê aqui com o Marçal, quando ele se recusa a responder as minhas perguntas e coloca tudo na rede social, porque deve ter alguém lá pesquisando e formulando a pergunta para ele", disse Tabata.
Principal motivo para a ausência dos candidatos é o "descontrole" de Pablo Marçal (PRTB). Esse termo foi mencionado por interlocutores das campanhas. As equipes afirmam que o adversário quebra as regras definidas pelas organizações e dizem que têm conversado com os veículos de imprensa para que seja garantido o cumprimento das regras. Oficialmente, o motivo para não aparecerem ao debate é a incompatibilidade de agendas.
Posso não ir a outros. Se não houver debate dentro do mínimo de propostas e civilidade, não vai ter mais debate para mim. Não quero sair mais na porrada com ninguém. O último debate foi brincadeira. É muito mais proveitoso ir a uma agenda do que ver gente brigando, discutindo. Tudo tem um limite.
José Luiz Datena, candidato
Os meios de comunicação, na minha opinião, precisam tentar se aglutinar porque não soma nada essa quantidade de debate e ver a questão das regras. Não é possível que alguém faça tantos ataques, cortes e fique no ar.
Ricardo Nunes, candidato à reeleição
Participam desta cobertura:
Ana Paula Bimbati, Manuela Rached, Nathália Moreira (estagiária), Saulo Pereira Guimarães e Wanderley Preite Sobrinho
Colaboração para o UOL: Letícia Polydoro
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