Após liminar para derrubar perfis, Marçal abre live e fala em perseguição
O empresário Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, afirmou ser alvo de perseguição após a Justiça Eleitoral de São Paulo mandar derrubar os perfis dele nas redes sociais por abuso de poder econômico nas eleições.
O que aconteceu
Marçal abriu transmissão ao vivo após o TRE-SP atender pedido do PSB, partido de Tabata Amaral. "Podem cumprir essa decisão [de bloquear minhas redes sociais]. Toda perseguição acelera o processo, aí de vocês que não cumprirem isso. [...] Estão mexando com o cara errado. Eu não afino para vocês", disse o candidato do PRTB.
Empresário disse que o "sistema inteiro se juntou" contra ele porque estão em "desespero". Marçal também pediu que seus apoiadores gravem vídeos em apoio a ele quando as contas dele saírem do ar.
Candidato do PRTB fez alertas ao ex-presidente Jair Bolsonaro pelo apoio a Ricardo Nunes (MDB). "Acorda, Bolsonaro, você não tem que se curvar", afirmou Marçal ao defender que o ex-chefe do Executivo também não deve seguir os desejo de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL.
Eu sou só um garoto de 37 anos. Acabei de entrar na política. Estão tão preocupados comigo por quê?
Olha que irônico. No dia que eu passo o Lula [em seguidores], vão derrubar minhas redes. [...] O Nunes está pedindo ajuda para o Lula para resolver os problemas dele. Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo
Marçal diz que vai entrar com recurso
O empresário afirma que ainda não foi notificado da decisão judicial. À colunista do UOL Ranquel Landim, Marçal disse que vai recorrer para recuperar suas redes sociais — os perfis alvos da decisão são no Instagram, TikTok e no YouTube, além do site da campanha.
Marçal está proibido de pagar "cortadores" de vídeos dele. Segundo a Justiça Eleitoral, a proibição vale para vídeos do empresário nos quais ele se é apresentado como candidato à Prefeitura de São Paulo.
Em caso de descumprimento, candidato do PRTB terá que pagar multa diária de R$ 10 mil. A liminar atende um pedido feito pela campanha de Tabata, que alega que Marçal comete abuso de poder econômico, ao remunerar indevidamente seus seguidores para promover sua campanha nas redes sociais. Marçal nega as acusações e diz que eles fazem isso espontaneamente porque lucram com sua imagem.
Justiça negou pedidos do PSB para quebrar sigilos de Marçal. Apesar das ordens para bloquear os perfis do adversário, foram negadas pelo TRE-SP outras solicitações da campanha de Tabata, como a quebra dos sigilos fiscal e bancário das empresas do ex-coach. Na avaliação do juiz Antonio Maria Patiño Zorz, esse pedido só vai ser avaliado no julgamento do mérito.
Empresário já criou perfil reserva no Instagram. De acordo com a decisão da Justiça, Marçal não está impedido de fazer isso. O que o TRE-SP vetou foi somente a existência de perfis que buscaram a monetização dos "cortes" do candidato por meio de terceiros interessados. Publicações orgânicas de propaganda não estão proibidas.
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