Por que assessor de Marçal não foi preso após agredir marqueteiro de Nunes?
O cinegrafista Nahuel Medina, assessor de Pablo Marçal (PRTB), não foi preso após agredir o publicitário Duda Lima, marqueteiro do prefeito Ricardo Nunes (MDB), em debate do canal Flow na noite de ontem (23).
O que aconteceu
A polícia pediu à Justiça medidas restritivas contra Medina para evitar a prisão. A delegada Eliane Bellagamba requereu à Justiça que o aliado de Marçal fique proibido de se aproximar de Lima ou de manter qualquer contato com ele. Na decisão, a delegada avaliou que "a prisão preventiva deve ser empregada apenas como último recurso, quando outras medidas menos gravosas não forem suficientes".
Medina foi levado à delegacia após a agressão, mas não ficou preso. Ele e Lima foram encaminhados pela Polícia Militar ao 16° Distrito Policial na Vila Clementino, zona sul de São Paulo, onde deram depoimento. Medina assinou um termo circunstanciado, que é o registro de um crime de menor potencial ofensivo, e acabou liberado em seguida.
O crime de menor potencial agressivo é lesão corporal leve, como foi classificada a agressão. Uma lei de 2011, que alterou trechos do Código de Processo Penal, prevê que, nesses casos, a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares. A exceção, prevista na lei, é se o agressor cometer "violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência".
A defesa de Lima lamentou que Medina não tenha sido preso. Ao falar à imprensa após o depoimento do marqueteiro, na madrugada de hoje, o advogado Daniel Bialski disse que "esse era um caso que merecia prisão", mas reconheceu que a legislação determina medidas menos rigorosas.
Medina diz que foi agredido antes e apenas se defendeu. Em depoimento, ele afirmou que começou a filmar Lima até que o marqueteiro arrancou o celular das suas mãos e arranhou seu peito. A defesa de Lima nega que ele tenha iniciado a agressão.
Infelizmente não cabe prisão. Esse era um caso que mereceria prisão, mas a nossa legislação, em casos como esse, determina que seja lavrado um termo circunstanciado, o que foi feito. As testemunhas são ouvidas, e a delegada de polícia faz um relatório do que ela compreendeu
Daniel Bialski, advogado de Duda Lima
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