Belém terá 2º turno entre Igor Normando (MDB) e Delegado Éder Mauro (PL)

Com 100% das urnas apuradas, está definido que Igor Normando (MDB) e Delegado Éder Mauro (PL) vão disputar o segundo turno nas eleições para a Prefeitura de Belém.

O que aconteceu

Igor Normando, 37, teve 44,89% dos votos válidos. Ele tem apoio do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Foi líder estudantil e vereador em Belém.

Éder Mauro, 63, teve 31,48% dos votos válidos. Conhecido no Pará como Delegado, tem apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O atual prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL), aparece em 3º lugar. Ele obteve apenas 9,78% dos votos válidos.

Quem mais estava na disputa? Na sequência, Thiago Araújo (Republicanos), Jefferson Lima (Podemos), Italo Abati (Novo), Raquel Brício (Unidade Popular), Delegado Eguchi (PRTB).

Quem é Igor Normando

Já foi vereador em Belém. Nascido na cidade em 1987, foi vereador em 2012 e 2016 pelo PHS. Antes, em 2008, já havia sido vereador suplente. Atuou como secretário da Cidadania do estado entre 2023 e 2024.

Início da carreira política. Começou sua trajetória política aos 15 anos, atuando como diretor da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas e, depois, na União Nacional dos Estudantes. É conhecido por seu trabalho em defesa dos direitos dos animais e possui formação em direito.

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Primeiro mandato foi como deputado. Conquistou ainda vaga de deputado estadual do Pará em 2018 (pelo PHS) e 2022 (pelo Podemos).

É parente do governador. Ele é primo de Helder Barbalho e membro de uma família tradicional na política paraense, à qual também pertencem o senador Jader Barbalho (MDB) e o atual ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho (MDB).

Quem é Éder Mauro

É delegado e deputado federal. Nascido em Belém, em 1960, é conhecido pela trajetória de 30 anos na polícia, onde atuou como delegado de 1984 a 2014. Atualmente exerce o cargo de deputado federal pelo Pará. Ele ganhou notoriedade em 2020 ao usar R$ 102 mil de sua cota parlamentar para alugar lanchas.

Carreira política começou no Legislativo. Iniciou a vida política em 2014, quando foi eleito deputado federal. Foi reeleito em 2018, atuando nas comissões de Constituição e Justiça, Direitos Humanos e Segurança Pública, além de ser vice-líder do PL.

Acusação de tortura e posição antipetista. É membro da chamada bancada da bala e defende a flexibilização das leis sobre armamento civil. Votou a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, e apoiou as reformas do governo Michel Temer (2016-2019). Em 2013, ele e outros cinco policiais foram acusados de torturar e forjar um flagrante de extorsão contra uma mulher. No mesmo ano, foram absolvidos por falta de provas.

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Acusações de quebra de decoro. Em 2015, enfrentou acusações de manipulação de vídeos para prejudicar o então deputado Jean Wyllys, mas o processo foi arquivado. Recentemente, votou pela soltura do deputado Chiquinho Brazão (ex-União Brasil), acusado de ser mandante do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL).

Desafios para governar Belém

Segunda cidade mais populosa da região Norte, com 1,5 milhão de habitantes, a capital paraense sofre há algum tempo com uma crise do lixo urbano. Um dos principais fatores do problema é o esgotamento do lixão de Aurá, na cidade vizinha de Marituba. Ele recebe as coletas de Belém e de municípios vizinhos, como Marituba e Ananindeua. Belém ainda lida com o desordenamento urbano, como efeito de políticas desenvolvimentistas na Amazônia; deficiências no saneamento urbano; e um sistema precário de transporte público.

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