Taxista que afirma ter transportado Madeleine diz que nunca foi procurado pela polícia
Um taxista que não foi ouvido pela polícia na investigação do desaparecimento de Madeleine McCann, em 3 de maio de 2007, diz ter certeza de que na noite seguinte a garota esteve em seu táxi.
A versão de Antonio Castela, 72, não foi ouvida pela polícia, que segundo ele, não o levou a sério. Mas ele garante que na noite do dia 4, a garota que entrou no seu táxi usando um pijama rosa e na companhia de mais quatro adultos, sendo três homens e uma mulher, era Madeleine.
"Depois que eu fui até a polícia, ninguém me procurou. Nunca mais ouvi falar deles. Eles não parecem ter me levado a sério", disse ele ao jornal britânico Evening Standard.
Castela pegou o grupo em Algarve, a uma hora do local onde Madeleine havia desaparecido na noite anterior, na Praia da Luz, e os deixou no Hotel Apolo. Logo depois, ele se dirigiu à Polícia Judiciária de Portugal para relatar o ocorrido.
"Fiquei impressionado que após cinco anos ninguém me perguntou sobre que eu vi naquela noite. Eu tenho certeza absoluta de que era ela [Madeleine]", completou o taxista.
A porta-voz do casal McCann, Clarence Mitchell, disse que a família ficou chocada ao saber que os detetives que investigam o caso nunca falaram com Castela.
"Castela fez a coisa certa no momento. E é chocante saber que ele não foi entrevistado por nenhum investigador em cinco anos", disse Clarence.
Nesta quinta-feira completam-se cinco anos do desaparecimento da garota. Seus pais, o casal Gerry e Kate McCann, pediu à polícia portuguesa que reabra o caso.
Madeleine desapareceu em 3 de maio de 2007, com quatro anos, de um apartamento de praia em Algarve, no sul de Portugal, onde passava férias com seus pais e outras famílias britânicas. Os pais, Kate e Gerry McCann a deixaram com dois irmãos menores, enquanto saíram para jantar com amigos.
O casal defendeu que a menina tinha sido raptada e organizou uma grande campanha midiática para resgatá-la, pela qual arrecadaram vários milhões de euro. A Promotoria portuguesa chegou a declará-los como suspeitos do desaparecimento, mas acabou por inocentá-los e fechar o caso, um ano depois, por falta de provas conclusivas sobre o paradeiro da criança.
No ano passado, a Polícia britânica retomou o caso a pedido dos McCann e, nesta semana, o responsável da investigação, Andy Redwood, considerou que há indícios suficientes para seguir buscando a menina. (Com EFE)
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