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Capriles cancela marcha de protesto na 4ª, mas convoca novo "panelaço"

Do UOL, em São Paulo*

16/04/2013 19h11

Henrique Capriles, candidato oposicionista derrotado à presidência da Venezuela, anunciou na tarde desta terça-feira (16) que cancelou a marcha de protesto que faria, na quarta-feira (17), para entregar o pedido formal de recontagem de todos os votos do pleito que elegeu o governista Nicolás Maduro como sucessor de Hugo Chávez.

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"Sob a mais absoluta responsabilidade, relembrando a todos de que se trata de uma luta democrática para que se conheça a verdade do que aconteceu na eleição, não vamos nos mobilizar amanhã. Todos nós vamos nos recolher", afirmou Capriles durante um pronunciamento feito em Caracas.

Segundo Capriles, a atitude foi tomada porque ele teria recebido "informações da inteligência militar e das forças armadas do país" que dariam conta de que o governo "pretende inflitrar pessoas na marcha de amanhã para gerar violência nos protesto que convoquei".

O oposicionista disse ainda que está à diposição para "abrir um diálogo para que esta crise possa ser resolvida nas próximas horas".

Apesar do pedido de recolhimento e do cancelamento da marcha de protesto da quarta (17), Capriles pediu mais uma vez a seus eleitores e simpatizantes que repitam o "panelaço" realizado na noite da última segunda-feira (15), no mesmo horário: 20h (21h30 no horário de Brasília).

Maduro já havia dito que não permitiria marcha da oposição

O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira (16) que não permitirá uma marcha da oposição que está marcada para quarta-feira (17) até a sede do Conselho Nacional Eleitoral em Caracas.

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"Não vou permitir a marcha ao centro de Caracas. Façam o que queiram, não vou permitir", assegurou.

A marcha teria o objetivo de pressionar o órgão a aceitar uma recontagem de votos e foi convocada pelo candidato derrotado à presidência da Venezuela, Henrique Capriles.

"Vocês não vão ao centro de Caracas enchê-lo de morte e de sangue", afirmou.

Para Maduro, a oposição está por trás da violência que deixou sete mortos e ao menos 61 feridos no país.

Segundo o presidente eleito, o governo agirá de maneira dura contra a intolerância oposicionista.

"Se quiserem, que venham até mim. Aqui estou com o povo e com as Forças Armadas", disse.