Acusado de sequestro em Cleveland irá se declarar inocente, diz advogado
Ariel Castro, acusado de estuprar e sequestrar três mulheres e mantê-las como reféns por cerca de uma década em sua casa em Cleveland, nos Estados Unidos, vai se declarar inocente das acusações, disse quarta-feira (15) um de seus advogados.
"Haverá uma declaração de inocência", disse à AFP o advogado de defesa Jaye Schlachet.
O advogado não explicou quais serão os argumentos de Castro para se dizer inocente em um caso que chocou os Estados Unidos. Schlachet também pediu para que todos evitem tirar conclusões com antecedência.
"Ele não é um monstro e não deve ser demonizado pela mídia", disse o advogado.
Castro, 52, está preso sob fiança de US$ 8 milhões acusado de ter sequestrado e estuprado Amanda Berry, 27, Gina DeJesus, 23, e Michelle Knight, 32 e de ter raptado a filha que teve com uma das reféns.
Os promotores também disseram que poderia acusá-lo de homicídio por ter forçado o aborto nas reféns que ele mesmo engravidou. Este crime poderia condena-lo à morte.
"Todos os itens serão apresentados durante o julgamento", disse Schlachet. "Peço à comunidade que não se apresse, e leve tudo em consideração antes de expressar sua opinião."
O caso
Amanda, Gina e Michelle foram encontradas na casa de Ariel Castro, um ex-motorista de ônibus escolar, no bairro de West Side, em Cleveland, não muito longe de onde desapareceram entre 2002 e 2004.
Amanda conseguiu escapar com a ajuda de um vizinho que lhe emprestou o celular para ligar para a polícia.
Os agentes mantiveram a jovem na linha até chegar no ponto onde ela estava. Lá questionaram se havia mais alguém na casa e ela informou sobre Gina e Michelle.
Ao saberem das garotas, ele e outros policiais correram para o local. Até entrarem na casa, não ouviram ruído algum. Depois de subirem uma escada encontraram Michelle.
Poucos segundos depois apareceu Gina e ao perguntar seu nome ela respondeu: "meu nome é Georgina DeJesus". (Com AFP)
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