Ministro das Relações Exteriores vai ao Senado falar sobre espionagem no Brasil

O Ministério das Relações Exteriores informou que o ministro Antonio Patriota irá nesta quarta-feira (10) ao Senado, às 14h30, para falar sobre as denúncias de que o Brasil teria sido espionado pelos Estados Unidos.

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional aprovou requerimentos convidando outras autoridades, além de Patriota, a prestar esclarecimentos sobre o esquema de espionagem.

O presidente da comissão, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), comunicou que está confirmada a presença do ministro das Relações Exteriores do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, José Elito Carvalho Siqueira. Também falará o ministro Celso Amorim, da Defesa.

Os requerimentos aprovados na CRE também convidam para falar sobre as denúncias de espionagem o ministro Paulo Bernardo (Comunicações), que irá na quinta-feira, além do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, e o colunista do jornal inglês "The Guardian", o norte-americano Glenn Greenwald, que obteve os documentos divulgados pelo jornal brasileiro.

Ao todo, nove requerimentos foram aprovados na comissão, além de voto a ser encaminhado à Presidência da República em que a CRE manifesta apoio a um eventual pedido de asilo ao governo brasileiro por Edward Snowden. O ex-técnico de uma empresa contratada pela National Security Agency (NSA), do governo norte-americano, revelou ao mundo o esquema de espionagem e aguarda asilo internacional em um aeroporto da Rússia. Ele também repassou as informações divulgadas por Glenn Greenwald, que reside no Brasil há oito anos.

Hoje, Patriota disse que "ainda aguarda uma resposta" do governo dos Estados Unidos sobre as supostas atividades de espionagem desenvolvidas por agências de inteligência americanas no país.

"Um pedido formal de esclarecimentos foi transmitido e estamos aqui aguardando também uma resposta formal dos Estados Unidos", declarou Patriota em entrevista coletiva hoje em Brasília, ao lado do chanceler do Uruguai, Luis Almagro, com quem se reuniu mais cedo.

(Com Agência Senado)