MP pede prisão preventiva do capitão da balsa que afundou na Coreia do Sul
O Ministério Público da Coreia do Sul pediu nesta sexta-feira (18) a prisão preventiva do capitão Lee Joon-seok, responsável pelo comando da balsa Sewol, que naufragou na noite de terça-feira (15) --dia 16, fuso local-- a 20 km da costa, com 475 passageiros a bordo. Ordens de prisão também foram emitidas para outros dois membros da tripulação.
O número de mortes confirmadas subiu para 28 nesta sexta. Ainda há 268 pessoas desaparecidas, e outras 179 foram resgatadas com vida.
Os promotores acreditam que tanto o capitão, Lee Jun-seok, como os dois tripulantes infringiram a lei ao serem evacuados no início do resgate, sem levar em conta a segurança dos 475 passageiros a bordo.
"Não está claro onde [o capitão] estava quando aconteceu o acidente, mas é certo que ele não estava na cabine de controle", afirmou nesta sexta-feira o promotor Jae-Eok Park. Quem estava ao leme era um suboficial. "Era o terceiro-tenente que estava no comando no momento do acidente", declarou o procurador-geral Park Jae-eok, em entrevista coletiva.
O capitão Lee Joon-seok está entre os 179 resgatados, após o naufrágio. Diante da revolta dos familiares dos estudantes a bordo, ele chegou a pedir desculpas. "Sinto muito, não tenho palavras", afirmou.
A empresa que opera a balsa Sewol, a Chonghaejin Marine Co., informou que o capitão, de 69 anos, tem muitos anos de experiência e percorria há oito anos o trajeto da cidade de Incheon até a ilha de Jeju, no qual ocorreu a tragédia. A viagem dura 14 horas.
A promotoria está investigando as razões para a manobra rápida efetuada pela embarcação, pouco antes de começar a adernar, e se uma ordem para evacuar o barco mais rapidamente dada pelo capitão teria salvo mais vidas.
A investigação está sendo conduzida por uma equipe formada por policiais e membros do Ministério Público, informou a Guarda Costeira à agência AFP.
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