Vítimas do MH17 ficaram inconscientes ou morreram instantaneamente, diz pesquisador
“Quase ninguém a bordo soube o que estava acontecendo. Se não morreram instantaneamente, ficaram inconscientes em frações de segundos.” A afirmação é de Justin Bronk, pesquisador britânico da área de defesa e segurança, sobre os 298 passageiros que morreram na última quinta-feira (17), após o voo MH17 ser abatido por um míssil no leste da Ucrânia.
Bronk, pesquisador do RUSI (sigla em inglês de Instituto Real de Serviços Unidos), disse ao “Daily Mail” que a extensão pela qual ficaram espalhados os destroços da aeronave apontam para o uso de um míssil terra-ar potente como, por exemplo, um SA-11.
“O míssil é programado usando um rastreador para chegar a um metro do alvo e explodir em estilhaços, que devem ter atingido o avião em vários pontos”, disse. Com asas, motores e os tanques de combustível atingidos, o Boeing 777 provavelmente explodiu.
“Uma aeronave grande como aquela é altamente pressurizada para permitir que as pessoas respirem na altitude em que voa, então ela deve ter explodido instantaneamente.” Com isso, as mortes foram imediatas ou, pela falta de oxigênio, as vítimas ficaram inconscientes.
Equipes de busca resgataram ao menos 181 corpos até o momento no local da queda do avião da Malásia no leste da Ucrânia, disse um funcionário do Ministério das Relações Exteriores ucraniano.
Queda do MH17
O Boeing 777 da Malaysia Airlines foi abatido na quinta-feira (17) por um míssil terra-ar perto da fronteira com a Rússia, sobre uma região com combates desde abril entre separatistas pró-Moscou e forças do governo ucraniano. Todos os 298 passageiros a bordo morreram.
Ao todo, eram 283 passageiros --sendo três crianças-- mais 15 tripulantes. Entre as nacionalidades, estavam 189 holandeses, 44 malasianos (sendo 15 da tripulação mais duas crianças), 27 australianos, 12 indonésios (sendo uma criança), nove britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos, um canadense, um neozelandês e um chinês de Hong Kong. Outros 4 passageiros ainda não tiveram a nacionalidade divulgada. Anteriormente, o número de vítimas divulgado foi de 295.
O voo MH17 ia de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, e voava a 10 mil metros quando caiu. O voo teria duração de 11h55 minutos e percorreria uma distância de 10,2 mil quilômetros. A Malaysia Airlines perdeu contato com a aeronave às 11h15 (horário de Brasília), e que sua última posição foi registrada no espaço aéreo ucraniano, a 30 km de Tamak.
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