Homem faz 5 reféns em mercado judaico em Paris; governo nega mortes
Um tiroteio foi registrado no leste de Paris nesta sexta-feira (9) em um mercado kosher (judaico), informam agências e jornais internacionais. Ao menos cinco pessoas foram feitas reféns por um homem armado dentro do estabelecimento, em Vincennes.
No norte do país, outra situação com reféns também acontece simultaneamente. Em Dammartin-en-Goele, a cerca de 40 km da capital, não muito longe do aeroporto Charles de Gaulle, polícia diz ter fortes indícios de que os dois suspeitos de terem cometido o atentado à revista "Charlie Hebdo", que matou 12 pessoas, em Paris, fizeram uma pessoa refém em uma pequena empresa especializada em impressão e publicidade.
A imprensa francesa divulgou que ao menos duas pessoas foram mortas. Mas o Ministério do Interior negou a informação, tampouco confirmou uma pessoa que teria ficado ferida gravemente ao levar um tiro no supermercado.
Ligação entre casos
Segundo a agência Reuters, o ofensor que se acredita ser responsável por disparar os tiros na área de Montrouge conhecia Cherif e Said Kouachi, os irmãos suspeitos de matar 10 jornalistas e dois policiais no atentado de quarta-feira contra o jornal.
Os três homens eram todos membros da mesma célula jihadista parisiense que dez anos atrás enviou jovens voluntários franceses ao Iraque para combater as forças dos Estados Unidos.
Cherif Kouachi chegou a ficar 18 meses preso devido ao seu papel no grupo.
O suspeito pelo crime de Montrouge foi condenado em 2010 por seu envolvimento em uma tentativa malsucedida de libertar da prisão Smain Ali Belkacem, autor do ataque de 1995 contra o sistema de transporte de Paris, em que oito pessoas foram mortas e 120 ficaram feridas.
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